O comércio de veículos ligeiros novos em Portugal manteve-se estável em novembro (- 02%), fruto de uma forte recuperação das matrículas de ligeiros de passageiros (+ 5,8%), que contrariou a acentuada descida dos comerciais ligeiros (- 24,8%).
O segmento dos comerciais tem sentido uma descida acentuada da procura desde setembro de 2019, mês em que as regras do WLTP passaram a vigorar para esta classe de veículos.
No cômputo dos 11 meses o mercado automóvel mantém-se negativo nos dois segmentos, mas a quebra geral do mercado tem vindo a diminuir e a aproximar-se do valor perspectivado por Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, no início dos trabalhos da 7.ª Conferência Gestão de Frotas Expo&Meeting, em novembro de 2018.
Estes foram os resultados globais de ligeiros constantes nas tabelas da ACAP:
Novembro | Janeiro – Novembro | |||||
2019 | 2018 | % Variação | 2019 | 2018 | % Variação | |
Lig Passageiros | 16.400 | 15 500 | 5,8% | 206.073 | 212.146 | -2,9% |
Lig Mercadorias | 2.842 | 3.779 | -24,8% | 33. 915 | 36.246 | -3,8% |
Total de Ligeiros | 19 242 | 19 279 | -0,2% | 239.998 | 247.392 | -3,0% |
Diversas razões explicam os resultados obtidos em novembro.
Em primeiro lugar, a comparação é feita com um mês onde se verificou uma descida expressiva do número de matriculas; efetivamente, em novembro de 2018, o mercado de ligeiros registou uma queda homóloga de 9,3%, acentuando a descida que estava a ocorrer desde setembro de 2018.
Se olharmos para os valores de junho deste ano (2019), por exemplo, os totais de novembro são significativamente inferiores, vários milhares de unidades abaixo dos registados no mês passado.
E já a partir de janeiro de 2020, as marcas vão começar a sentir o efeito das novas normas regulatórias europeias em matéria de emissões – CAFE. Este regulamento, recorde-se, limita bastante o volume de emissões de cada marca automóvel, impondo pesadas multas sobre cada grama a mais emitida.
Simultâneamente, a partir de 2020, vigoram também outras exigências ao nível de equipamento de segurança e ajudas à condução.
Por isso, algumas marcas estão então a constituir stocks de veículos com o propósito de abastecer campanhas de venda de semi-novos no início do próximo ano. Mas não só, também realizar um volume de vendas que permita comercializar alguns modelos ao abrigo da excepção que permite a venda de um número limitado de unidades com características anteriores, após 1 de janeiro de 2020, numa quantidade calculada em função das vendas passadas.
Top 10 das marcas, matriculas de novembro, ligeiros de passageiros (número de unidades):
1. Renault – 2.046
2. Peugeot – 1.920
3. BMW – 1.318
4. Mercedes-Benz – 1.305
5. Fiat – 1.058
6. SEAT – 861
7. Citroën – 807
8. Toyota – 772
9. Volkswagen – 735
10. Ford – 576
Top 10 das marcas, valor acumulado, ligeiros de passageiros (número de unidades):
1. Renault – 26.843 (-8,4%)
2. Peugeot – 22.058 (3,8%)
3. Mercedes-Benz – 15.419 (2,4%)
4. FIAT – 13.497 (1,2%)
5. Citroën – 13.214 (10,8%)
6. BMW – 12.655 (-1,3%)
7. SEAT – 10.374 (13,2%)
8. Volkswagen – 9.835 (-16,1%)
9. Opel – 9.835 (-19%)
10. Nissan – 919549 (-30,2%)
Top 10 das marcas, matriculas de novembro, comerciais ligeiros (número de unidades):
1. Renault – 518
2. Peugeot – 420
3. Fiat – 333
4. Ford – 325
5. Citroën – 237
6. Opel – 160
7. Mercedes-Benz – 157
8. Iveco – 137
9. Toyota – 127
10. Volkswagen – 107
Top 10 das marcas, valor acumulado, ligeiros de mercadorias (número de unidades):
1. Renault – 7.167 (- 3,2%)
2. Peugeot – 6.439 (5,4%)
3. Citroën – 4.305 (- 23,4%)
4. Fiat – 3.497 (4,1%)
5. Ford – 2.182 (- 10,3%)
6. Opel – 1.950 (23,5%)
7. Mercedes-Benz – 1.551 (17,8%)
8. Toyota – 1.262 (- 21,9%)
9. Toyota – 1.262 (- 21,9%)
10. Iveco 1.139 (- 6%)
Neste ficheiro estão as tabelas completas com o número de matriculas de automóveis em Portugal em Novembro de 2019 (Fonte ACAP)