A Fleet Magazine já conduziu o novo Audi A6 e pode garantir que se trata de uma excelente resposta à geração anterior.
Com todos os motores numa arquitectura de seis cilindros em V, o novo A6 é o produto da marca mais importante para as empresas, a nível mundial.
Embora em Portugal não seja esse o caso (a A4 Avant é que o carro de frotas da marca por cá), o certo é que se conseguir manter as rendas de aluguer operacional conseguidas até agora, se torna um produto altamente competitivo, nem que seja pela qualidade excepcional e por um design menos conservador que o dos seus concorrentes.
Um dos principais avanços trazido pela Audi para o novo Audi A6 são os sistemas de infoentretenimento.
O condutor tem ao seu dispor três monitores completamente costumizáveis que oferecem toda a informação que for necessária. Ou seja, desaparecem muitos dos botões que existiam na versão anterior, mantendo-se o botão do volume do rádio. (A Audi fez testes de utilização dos dispositivos dos lugares dianteiros, em condições reais com os seus executivos, e o resultado foi que o botão do volume era essencial). Ainda assim, um sistema que simula o toque dos botões no monitor faz com que alguma da sensação analógica se mantenha. No interior, ainda destaque pela qualidade de som a bordo e os comandos por voz.
Novo Audi A6: sistemas de assistência
Obviamente, o nível de segurança e de sistemas de assistência é imenso. A Audi garante que o carro foi pensado para utilizações tão distintas como viagens longas, clientes-frota ou percursos casa-trabalho. E para geografias tão diferentes como a empresa europeia ou os clientes socialmente ambiciosos da China.
Com 39 sistemas de assistência à condução diferentes, o novo Audi A6 promete um nível de apoio à condução sem par. O sistema de assistência adaptativa acrescenta ao normais “cruise control” e assistência predictiva a ajuda a manobras longitudinais. Tudo isto está presente em diversos pacotes: “Park”, “City” e “Tour”.A prova de todo o investimento que a marca está a fazer é o radar visível na grelha dianteira, sem qualquer disfarce, que os designers da Audi decidiram propositadamente manter à vista para garantir o seu funcionamento correto.
Outra novidade para o novo A6 são as quatro rodas direcionáveis, uma vantagem enorme se se pensar que estamos perante uma viatura de quase cinco metros. Experimentámos nas estradas do nosso Douro e pudemos comprovar que faz muita diferença.
V6 TDI com sistema elétrico de 48V
A versão diesel do motor, no A6 50 TDI, vai trazer um bloco com seis cilindros em V, um consumo previsto a partir dos 5,5 l/100 km (fizemos cerca de 7 l/100km) e 620 Nm de binário entre as 3.500 e as 4.000 rpm. Com estes números, o A6 é tudo o que promete, com poucos defeitos para apontar.
Esta nova geração do A6 vai também ter os motores eletrificados, depois de a marca o fazer com o A8 e o A7. Em combinação com o motor de combustão, um motor de 48V é utilizado para dar apoio em situações entre os 55 e os 160 km/h. A Audi prevê que esta tecnologia possa trazer poupanças até aos 0,7 l/100 km.
O grande desafio para a Audi vai ser cumprir com os valores de rendas que temos assistido para a atual geração. Mas, tendo em conta que a expetativa de residuais é que eles subam, podemos ter aqui a melhor relação preço-qualidade do segmento.