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Com vendas anuais da ordem do 1,1 milhões de unidades, uma presença marcante na frota de muitas empresas e uma das carrinhas mais procuradas por muitas famílias, a gama Passat é, cada vez mais, um sucesso desejado por muitas marcas rivais.

Foi este conceito abrangente, capaz de preencher necessidades particulares ou empresariais, mas com algumas versões melhor equipadas a roçarem o segmento premium, que a marca alemã quis evoluir nesta oitava geração.

Para afrontar, precisamente, os tradicionais players do segmento premium. Leia-se, Mercedes e BMW.

Após o primeiro contacto estabelecido durante a apresentação mundial da nova geração, podemos afirmar que a marca alemã tem razões para estar convencida de que conseguirá fazê-lo.

O seu lançamento em Portugal irá decorrer durante o mês de Novembro, apenas com os motores 2.0 TDI de 150 e 240 cv. Em Janeiro prevê-se a chegada da desejada versão 1.6 TDI com 120 cv.

Ricardo Tomaz, diretor de marketing e comunicação da SIVA, importador Volkswagen em Portugal, acredita que existem condições para fazer evoluir a faixa de clientes do motor menos potente e ganhar novos com o bloco 2.0 TDI.

Baseia a afirmação no facto de, entre ambos, existir um diferencial de preço de pouco mais de 2000 euros.

vw passat2015_fleetmagazine_ptO Passat limousine 2.0 TDI irá estar disponível a partir de 34.750 euros, um custo interessante do ponto de vista da Tributação Autónoma, enquanto o motor 1.6 TDI será vendido a partir de 32.200 euros.

Face à geração anterior com motor 2.0 TDI, o novo Passat regista assim uma redução de valores de 1000 a 5000 euros, consoante o nível de equipamento. Com inclusão de mais equipamento de série e extensão de garantia para 5 anos, agora comum a toda a gama.

Em média existira uma variação de preço de 1500 euros entre a versão de quatro portas e a carrinha, da mesma ordem entre os dois primeiros níveis de equipamento (Trendline/Comfortline) e de 2500 entre os dois últimos (Confortline/Highline).

A excepção é o Passat de 240 cv, só disponível no nível mais elevado e com um custo de 51.200 e 51.900 euros, limousine e Variant, respetivamente.

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Quais são as novidades?

O grupo óptico dianteiro acoplado a uma grelha afilada estende a frente e acentua a sensação de largura do novo Passat. O visual desta oitava geração, com dedo de Walter De Silva, ganhou um aspecto mais estável e dinâmico, vincado ainda pelas linhas que percorrem as laterais e pelo rebaixamento efectivo do conjunto.

E se o novo Passat parece maior por fora, ele é, efectivamente, maior por dentro. Só que, na realidade, encurtou as dimensões exteriores. Tudo possível pelo uso da nova plataforma modular MQB, capaz de proporcionar um corpo ligeiramente mais curto, mais baixo e mais largo do que o seu antecessor.

Além de uma nova instrumentação que será referida mais adiante, a oitava geração do VW Passat introduz tecnologia de assistência à condução: controlo de velocidade de cruzeiro activo (capaz de reiniciar automaticamente após breve paragem motivada por semáforo ou trânsito), aviso de mudança involuntária de faixa de rodagem com correcção automática da trajectória e ainda radar de detecção de objectos ou peões.

volkspassat 2015_fleetmagazine_ptEste último sistema aumenta não apenas a potência de travagem em caso de emergência, como é capaz de actuar autonomamente no caso de não haver reacção do condutor. Além do accionamento automático dos piscas-piscas, depois de imobilizado o veículo accionar os serviços de emergência.

O Passat traz também novos assistentes de parqueamento. Além de dar a opção de escolha entre dois lugares encontrados e de poder estacionar frontalmente (beneficiando da câmara traseira à saída), um novo sistema designado “Trailer Assist” auxilia as manobras de estacionamento quando se transporta um reboque.

Quando a marcha-atrás é engrenada, após a selecção do ângulo de rotação do reboque, o sistema assume o controle da direcção, deixando para o condutor a responsabilidade de aceleração e travagem. Para facilitar as manobras a baixa velocidade pode ainda contar-se com uma câmara de visão aérea.

Opcionalmente, o novo VW Passat oferece ainda um sistema de controlo dinâmico do chassis (DCC), que modifica o esforço de direcção, a resposta do acelerador e a firmeza da suspensão.

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Primeiro veredicto

Após umas dezenas de quilómetros percorridos, a versão menos potentes do motor 2.0 TDI com 150 cv e caixa DGG de seis velocidades é mais ruidosa e menos divertido e dinâmica. Mas oferece o mesmo pisar firme e seguro de estrada, com a vantagem acrescida de um consumo médio mais baixo.

Já a mais potente demonstra muito maior carácter e uma outra raça, beneficiando naturalmente do aumento da potência e de um fabuloso binário (500 Nm), mas também da transmissão, igualmente DSG, neste caso com sete relações.

O novo Passat curva bem e tem uma estabilidade excepcional. Um pouco à custa de uma suspensão mais firme que reflete cada irregularidade mais pronunciada da estrada.

Continua a impor boa qualidade de construção, acabamentos de qualidade e, no geral, mantém-se uma referência em matéria de conforto graças a bancos com excelente apoio.

volkspassat2015 fleetmagazine_ptGeneroso no espaço interior e com soluções novas de funcionalidade da mala no caso da carrinha, a grande novidade do habitáculo é, no entanto, a instrumentação digital. Opcionalmente, a zona dos instrumentos pode ser substituída por um ecrã digital que projecta mostradores clássicos arredondados, entre os quais podem surgir várias informações de bordo. A mais útil talvez seja o sistema de navegação, evitando desta forma que o condutor desvie demasiado os olhos da estrada.

Como foi dito durante a apresentação do carro, depois de experimentar é difícil voltar a utilizar sistemas anteriores. Contudo, estão disponíveis formas de instrumentação mais tradicionais, que equipam as versões menos equipadas.