É um dos modelos mais importantes da marca e insere-se no segmento mais disputado do mercado europeu. É igualmente um elemento importante para a presença da Opel nas empresas, mercado onde sofre forte concorrência interna.

O novo Opel Astra possui uma identidade visual muito própria, apesar da circunstância de todo o modelo ter sido desenvolvido dentro da capacidade tecnológica do grupo ao qual a marca agora pertence. Por isso, não é de admirar que o novo Astra partilhe, por exemplo, com o igualmente novo Peugeot 308, a plataforma, motores e demais sistemas mecânicos, assim como muito do equipamento que oferece, ainda que apresentado de forma distinta.

Ensaiado precisamente com uma das soluções PHEV mais utilizadas pelo grupo Stellantis, a atual geração do Astra estreia-se neste tipo de mecânica eletrificada. Assentando na conjugação de um motor 1.6 a gasolina Turbo de 150 cv com num motor elétrico, esta versão (há uma mais potente) apresenta 180 cavalos e reivindica um binário máximo de 360 Nm. Os números mostram poder andar até 60 km em modo elétrico, mas com a bateria de 12,4 kWh na sua carga máxima (velocidade máxima de carregamento AC de 7,4 kW) não conseguimos sequer atingir 50 km em estrada e a velocidade moderada.

Com alguns pormenores estéticos discutíveis como a frente escura e uma silhueta que, em algumas cores, não provoca grande alarido, o interior dá nas vistas e destaca-se claramente da anterior geração. O Astra atual tem um ar mais moderno, está mais tecnológico e configurável; tecnológico por receber mais sistemas e funções digitais, configurável porque o utilizador pode realmente optar pela forma como visualiza e acede a informações quer no ecrã central, quer no painel atrás do volante. Além desta aposta na tecnologia e do aspeto mais apurado do tablier, é de louvar a possibilidade de continuar a ser possível aceder a comandos importantes de uma forma mais direta, através de botões.

O aspeto mais dinâmico e quase desportivo da atual geração mantém uma estrutura compacta fácil de dirigir e manobrar em ambiente urbano. Neste último ambiente mais ainda quando resta energia na bateria. Isto traduz-se em poucos ou nenhuns ganhos visíveis de habitabilidade em relação à geração anterior, com a circunstância de uma silhueta mais baixa e que joga a favor da aerodinâmica. No que toca à capacidade da mala, apesar desta versão PHEV não ser comparável com nenhuma outra da geração anterior, a bagageira deste Opel Astra plug-in é apenas um pouco mais pequena relativamente ao anterior Astra com motor térmico, mas o volume é menor do que apresentam as versões a gasolina ou a gasóleo do modelo atual (352 vs 422 litros).

Impressões

Apesar do impulso dado pelos 180 cv, não se pode afirmar que seja um carro temperamental. Pode sê-lo quando espicaçado pela ativação do modo Sport, que mantém o motor a gasolina a funcionar de modo permanente, mas se a intenção de um plug-in é a poupança, isso não faz sentido.

Apesar do que se disse e do risco de fazer elevar o consumo médio acima dos 8 litros (o que também acontece sem grande esforço quando esgotada a energia da bateria), a dinâmica da condução do Astra consegue ser divertida q.b.. Mas é provável que a já prometida versão com 225 cv faça mais diferença. Diferença fará certamente o Opel Astra 100% elétrico prometido para 2023, sobretudo no que toca aos custos de utilização.

Custo de aquisição, valores de renting e características do Opel Astra 1.6 T PHEV GS Line 180 cv

Custo de aquisição34.093 euros + IVA
Renda 36 meses756,30 euros + IVA
Renda 48 meses711,82 euros + IVA
Potência combinada180 cv (132 kW) / 360 Nm
Motor a gasolina1.598 cc / 4 cilindros / 150 cv às 6.000 rpm / 250 Nm às 1.750 rpm
Motor elétrico81,2 kW (110 cv) / 320 Nm
Bateria12,4 kWh (360V)
Consumo combinado1,1 l/100 km
Emissões CO225 g/km
Autonomia elétrica60 km
*Valores LeasePlan. Quilometragem anual contratada: 25.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição