Ao prever as tendências para este ano, a MOBI.E identificou que cada vez mais frotas empresariais vão continuar a apostar em veículos elétricos. Os diversos incentivos à mobilidade elétrica, nomeadamente os que são dirigidos às empresas, tendem a estimular um número cada vez maior de entidades e organizações a optar por este tipo de mobilidade nas suas frotas.

As vantagens são inúmeras, salientando-se as ecológicas e as ambientais, questões cada vez mais presentes na estratégia atual das empresas. Também do ponto de vista da economia e da eficiência, a mobilidade elétrica mostra-se como a melhor opção.

Paralelamente a diversos tipos de iniciativas relacionadas com a sustentabilidade, verifica-se uma predisposição das empresas para a eletrificação das frotas, associada à responsabilidade ambiental que tem vindo a ser introduzida nas suas práticas ao longo dos últimos anos.

Só em 2022, a utilização da rede de acesso público de carregamentos de veículos elétricos – a rede MOBI.E – permitiu evitar o consumo de mais de 10 mil toneladas de gasóleo e impedir a emissão de cerca de 30 mil toneladas de CO2 em Portugal.

A transição energética e descarbonização fazem parte de um caminho que o mundo empresarial está a acompanhar.

Considerando a conjuntura atual, influenciada pela situação económica que decorre da pandemia, seguida pelo conflito na Ucrânia, a instabilidade do preço dos combustíveis fósseis veio também motivar a opção pela mobilidade elétrica por motivos de poupança, que, no caso das empresas, podem ser consideráveis.

Segundo um estudo recente da LeasePlan, em Portugal os encargos mensais associados a um veículo elétrico podem ser 38% inferiores face a modelos movidos a gasolina ou gasóleo, o que inclui poupança nos carregamentos, mas também na manutenção.

Ao mesmo tempo, a rede de acesso público conta atualmente com mais de 3.400 postos de carregamento. Presente na totalidade dos 308 municípios nacionais, a rede fornece já uma média de 53 tomadas por cada 100 km de rodovia, com a infraestrutura de acesso público a quadruplicar em pouco mais de dois anos e meio, quando entrou na fase plena de mercado.

A junção destes vários fatores dá aos condutores individuais e corporativos uma maior confiança.

A procura por veículos elétricos e plug-in tem, assim, aumentado, inclusivamente ultrapassando a procura e venda de veículos a gasóleo, com o carro mais vendido na Europa no primeiro trimestre de 2023 a ser um elétrico. Tal prende-se com o efeito conjugado do aumento da infraestrutura de carregamentos e dos avanços tecnológicos, que permitem veículos elétricos com maior autonomia, baterias mais eficientes e, consequentemente, preços mais competitivos.

Por outro lado, e de forma complementar, existem diversos benefícios fiscais que incentivam a eletrificação das frotas por parte das empresas. Estes incluem, por exemplo, a isenção da tributação autónoma para veículos 100% elétricos e redução da mesma no caso de veículos híbridos plug-in até determinados valores, isenção de IVA na aquisição e nos carregamentos ou a isenção do IUC.