O mercado automóvel atravessa atualmente mais uma fase de algumas incertezas, para as quais as empresas frotistas necessitam de uma maior clarificação por parte das entidades públicas e dos fabricantes automóveis, para que possam (re)definir as suas políticas de frota. Serão decisões de natureza estratégica na gestão da empresa, pela relevância que representam nas dimensões económica, recursos humanos e de responsabilidade social.
Nos últimos meses tornaram-se mais enfáticos os apelos de alguns fabricantes automóveis no sentido de retardar a aplicabilidade da exigência de diminuição de emissões de CO2 exigida pelas normas europeias já a partir de 2025, como parte do caminho para as emissões zero em 2035. De acordo com as últimas informações disponíveis à data em que este texto é escrito, não é expectável que tal venha a acontecer. Como tal, antecipamos que o mix das motorizações a comercializar pelos fabricantes em 2025 se altere de forma significativa, em benefício dos veículos eletrificados. Cuja procura será estimulada com a introdução de mais modelos com especial incidência nos segmentos mais económicos. Complementarmente, tudo indica que os benefícios fiscais aplicáveis aos veículos elétricos para as empresas se manterão e, consequentemente, a vantagem de estas motorizações integrarem as políticas de frota.
Por seu lado, a infraestrutura de carregamento está mais pressionada. Apesar do aumento do número de postos de carregamento, a experiência de quem já conduz um veículo 100% elétrico, e depende da rede pública, pode representar um foco de alguma ansiedade. É o sinal de que existe uma oportunidade para que os operadores continuem a investir e a contribuir para o equilíbrio do ecossistema da mobilidade elétrica.
As frotas das empresas são agentes da transição energética
O mercado de frotas de empresas é o que mais regularmente se renova e que pode ser o indicador avançado do grau e velocidade de eletrificação do parque automóvel. É fundamental que continuem a existir incentivos de natureza fiscal ou outras, para que a transição energética prossiga. Recorde-se que, de acordo com diversos estudos publicados, o sector dos transportes é responsável por cerca de 20% das emissões de CO2 para a atmosfera, pelo que todas as politicas que permitam a sua descarbonização terão um efeito multiplicador significativo.
Compete-nos a todos, agentes no sector, executar aquilo que está na nossa esfera de atuação para que os objetivos de sustentabilidade global do planeta possam ser uma realidade no médio e longo prazo. A missão é longa e complexa, mas necessita do envolvimento de todas as partes interessadas para acelerar as tomadas de decisão e obter os resultados desejados.
Na Ayvens, estamos desde há vários anos a promover a transição energética das frotas. O trabalho que as nossas equipas comerciais e de consultoria desenvolvem diariamente com as empresas já é no sentido de definir como implementar a transição não a colocando em causa.
O planeamento atual das empresas considera, além do inevitável TCO, a revisão de políticas de frota em função de metas de emissões de CO2, a preparação da infraestrutura de carregamento a utilizar em casa e escritório, e a formação de colaboradores e gestores de frota das empresas para acelerar a adaptação a todas as especificidades deste novo contexto da mobilidade.
Parceria entre a Ayvens e a ADENE para certificação ambiental da frota
A novidade neste caminho chama-se Net Zero. Ao abrigo de uma iniciativa global de países e e organizações – Net Zero World Initiative – as empresas podem e devem comprometer-se a acelerar a descarbonização da sua atividade em geral, e ao nível da frota em particular.
A pressão para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa não se limita a uma questão de conformidade com regulamentos ambientais: trata-se de uma responsabilidade social com impactos no nosso futuro coletivo.
No âmbito deste posicionamento estratégico, a Ayvens celebrou uma parceria com a ADENE e está certificada para assessorar as empresas nesse exercício, o qual resultará na definição de um plano de transição suportado em metas quantitativas e numa monitorização ao longo do período de implementação definido.
O estudo “Net Zero – Roteiro para a descarbonização das frotas”, realizado recentemente pela equipa de consultoria da Ayvens e a publicar muito em breve, inclui todos os detalhes sobre esta nova iniciativa, a certificação que lhe está associada e a garantia de alinhamento com os critérios da taxonomia europeia, utilizando fatores de conversão e procedimentos de reporting internacionalmente reconhecidos.
A realidade é que muitas empresas têm manifestado um interesse crescente nesta matéria materializada nos diversos pedidos de colaboração que nos têm chegado para o cálculo das emissões de CO2 das suas frotas, para incorporarem nos seus relatórios de sustentabilidade que acompanharão o relário e contas de 2025. Porque a isso começam a estar obrigadas pelas normativas europeias.
As organizações que colocam a sustentabilidade no centro das suas operações contribuem para a preservação do ambiente e garantem também a sua relevância e prosperidade num mundo em rápida transformação.
A Ayvens pretende igualmente fazer parte dessa jornada.