O futuro do diesel mantém-se uma incógnita. Tanto o Governo Francês como o Inglês tornaram pública a sua posição de limitar a venda de carros a gasóleo. França foi mesmo mais longe quando divulgou o seu objetivo: banir a comercialização de veículos a gasóleo, petróleo ou híbridos até 2040.
A Alemanha foi outro país a optar por veículos elétricos em detrimento dos combustíveis tradicionais, tornando-se o maior comprador de veículos elétricos da Europa, ultrapassando a Noruega, líder de mercado.
Até em Portugal, nos últimos anos, a venda de carros a gasóleo tem decrescido substancialmente. Portugal registou mesmo uma das maiores quebras em 2019 em toda a Europa, queda essa liderada pela Irlanda.
Dados que refletem uma regressão na estratégia inicial quando no início de 2000 os Governos ofereceram incentivos fiscais significativos às empresas e aos consumidores que optassem por adquirir carros a gasóleo.
Para os gestores de frota, que têm como objetivo reduzir custos e ir ao encontro às expectativas dos clientes em mercados muito competitivos, o gasóleo continua a proporcionar largos benefícios ao nível dos custos. Por exemplo, a BMW afirmou mesmo que o diesel é o combustível do futuro, sendo 20 a 30% mais eficiente que os motores a gasolina.
Como podemos contribuir para frotas amigas do ambiente?
A redução catalítica seletiva é uma técnica utilizada pela indústria para combater os poluentes nocivos associados ao combustível diesel. Essa redução implica alimentar uma solução de ureia e água desionizada (normalmente chamada de AdBlue) no escape, local onde ocorre uma reação química que converte os óxidos de nitrogénio em moléculas de nitrogénio e água inofensivas.
Esta acaba por ser uma solução elegante perante um desafio significativo, no entanto, se a solução não ocorrer, o sistema de redução catalítica seletiva não funciona e não remove os vapores nocivos. Assim, tanto os carros como os camiões com depósitos já com redução catalítica seletiva são fabricados com o objetivo de limitar o desempenho ou mesmo desligar completamente até que a solução seja substituída. Esta opção pode resultar num verdadeiro desastre para os veículos comerciais que circulam nas estradas, porque reduzem a performance dos mesmos e deixam os clientes à espera.
Assim, a monitorização catalítica seletiva nos veículos diesel é vital para a performance das frotas e, neste âmbito as soluções de gestão móvel são as mais eficientes, porque, por um lado, ajudam os gestores de frota a aproveitar o potencial dos seus veículos diesel e assim melhorar o desempenho ambiental e económico e, por outro lado, a monitorizar os níveis redução catalítica seletiva.
Estes sistemas proporcionam aos gestores a total visibilidade de onde se encontram os seus veículos, podendo mesmo incluir informação como diagnósticos do motor, níveis de combustível, redução catalítica seletiva e temperatura do motor. Com estas ferramentas, o gestor consegue antecipar e prevenir dificuldades associadas ao tempo de inatividade do veículo e melhorar o consumo de combustível, através da redução da marcha lenta inútil, eliminando quilómetros desnecessários e limitando os comportamentos agressivos do motorista que contribuem para aumentar o consumo de combustível, como por exemplo acelerar ou travar de forma brusca.
Se o gestor de frota estiver sensível e atento a todos estes aspetos, a pegada ambiental da empresa e os custos com o combustível poderão reduzir, sobretudo num momento em que os preços dos combustíveis continuam a aumentar.
Neste processo de transição entre os veículos movidos a combustíveis tradicionais e os veículos elétricos, os gestores de frota devem utilizar ferramentas de gestão móveis que permitam medir o progresso da frota através de métricas amigas do ambiente. No curto e médio prazo, os veículos a gasóleo, continuarão a ser os veículos de primeira escolha, quer por motivos ambientais quer por razões económicas, quando bem geridos e apoiados por tecnologias de gestão.