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A Nissan fez um evento sobre mobilidade inteligente, onde falou muito mais do que automóveis. A sua visão de futuro coincide em muitos aspetos com a de outros construtores (eletrificação, condução autónoma), mas a marca pensa também em redes e no armazenamento de energia.

E foi para falar sobre redes que trouxe alguns oradores. A assistir estiveram operadores de mercado de diversas áreas, bem como clientes profissionais.

O conceito de rede foi sempre falado desde o aparecimento dos veículos elétricos. A Nissan considera que o carregamento do automóvel é apenas a parte mais simples de toda a questão relacionada com a nova geração de viaturas.

Num futuro muito próximo, os consumidores também poderão contribuir para carregar energia na rede. Espera-se que os automóveis sejam um dos veículos mais importantes nessa acção.

Com explicou Eduardo Mascarell, responsável pelas questões relacionadas com energia na marca, há negócio para os utilizadores de veículos elétricos. “[O proprietário de viatura] pode tornar-se um agente no mercado de energia”, disse.

Brevemente será possível vender energia para rede elétrica. O conceito de car-to-grid pressupõe que nos períodos de vazio, as viaturas possam estar a disponibilizar energia para a rede. Os carros já estão preparados para o efeito e a rede também. Aqui, a questão está num enquadramento legal para que isto seja possível. Este está a ser preparado, mas antes de entrar em vigor, os condutores de viaturas elétricas terão também o preço da eletricidade que agora consomem estabelecido – atualmente é gratuito.

A Nissan quer entrar também no mercado de baterias domésticas com o xStorage, um dispositivo criado em conjunto com a Eaton. Este permite acumular energia durante os períodos em que esta é mais barata para a utilizar depois nos períodos de valores mais caros. A entrada em Portugal ainda não tem data prevista.

O ecossistema que une viaturas, armazenamento doméstico e comunicação com a rede está todo montado, faltando apenas algumas questões de pormenor para surgirem novos modelos de negócio para mais operadores. Já se sabe como irá ser. O quando é a resposta mais difícil.