Em Portugal, durante 2019, foram matriculados mais automóveis ligeiros de passageiros a gasóleo do que a gasolina.

Esta conclusão resulta da soma das novas matrículas atribuídas quer a novos veículos, quer às viaturas usadas importadas em 2019.

As contas são feitas com base nos valores apresentados na habitaul conferência anual promovida pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal, onde foi feito um balanço do comportamento do sector automóvel no ano passado e apresentadas algumas medidas de estímulo ao mercado.

Assim, e de acordo com os números apresentados, foram matriculados 223.799 ligeiros de passageiros novos em Portugal durante o ano passado, dos quais:

  • 40% (89.519 unidades) foram carros a gasóleo
  • 49% (109.661 unidades) foram carros a gasolina

Também segundo a ACAP, o número de matrículas de veículos de passageiros importados usados, equivalente a 35,5% das vendas de automóveis novos, correspondeu a 79.459 novas matrículas, das quais:

  • 80% (63.567 unidades) foram carros a gasóleo
  • 14% (11.124 unidades) foram carros a gasolina

Assim, juntando os ligeiros de passageiro novos matriculados aos importados usados matriculados, verifica-se que, durante o ano passado, foram objeto de nova matricula em Portugal 153.086 veículos ligeiros de passageiros, contra cerca de 120 mil unidades a gasolina, o que resulta numa diferença de 28%.

Olhando ainda para os dados fornecidos pela ACAP, constata-se que a maioria dos importados usados tem cilindradas compreendidas entre os 1501 a 1750cc e entre os 1251 a 1500cc, que correspondem aos motores a gasóleo das marcas mais comuns no mercado português.

Conclui-se assim que, embora esteja a haver um crescimento nas matrículas de veículos novos a gasolina no nosso país – aumento de 17% desde 2010 –, o consumidor português parece continuar refém do gasóleo.