A Power Dot instala os seus carregadores em parques de estacionamento, desde centros comerciais, centros empresariais, escritórios, restaurantes, ginásios, centros de saúde ou hospitais, por exemplo. O único requisito é a existência de um local de estacionamento, garantido esta empresa a instalação de tudo quanto é necessário, bem como a gestão e a manutenção de carregadores elétricos de forma totalmente gratuita.
Esta pode ser uma solução para as empresas que queiram dispor de carregadores para as suas viaturas e simultaneamente amortizar ou rentabilizar o investimento na mobilidade elétrica, uma vez que a Power Dot partilha parte das receitas com os proprietários das instalações onde coloca os seus próprios sistemas de carregamento. Os carregadores que gere estão ligados à rede Mobi.E, pelo que os métodos de cobrança são os que estão previstos no regulamento da mobilidade elétrica.
A FLEET MAGAZINE conversou com José Sacadura, CEO da Power Dot, acerca das soluções da empresa que pertence ao restrito lote de selecionadas para a concessão da exploração de postos de carregamento de mobilidade elétrica da rede Mobi.E.
A Power Dot tem alguma solução destinada exclusivamente para empresas?
As soluções da Power Dot são definidas à medida de cada parceiro, quer sejam frotas, quer sejam particulares/empresas. No caso dos particulares/empresas aplicamos o nosso modelo de atuação que se prende com a instalação, a gestão e a manutenção de carregadores elétricos de forma totalmente gratuita nos parques de estacionamento destes parceiros.
Para estas instalações, a Power Dot procura parceiros de negócio, proprietários de parques de estacionamento, maioritariamente localizados em centros comerciais, centros empresariais, escritórios, restaurantes, ginásios, centros de saúde ou hospitais.
Além da instalação nestes parques acima mencionados, a Power Dot desenvolve também parcerias com frotas, como por exemplo a Uber, de modo a conseguir dar resposta às necessidades específicas destes motoristas. No caso da Uber, sabemos que estes motoristas precisam de um serviço rápido e sempre disponível, motivo pelo qual criámos espaços exclusivos, os Power Hubs, que oferecem também serviços complementares aos motoristas, como por exemplo, espaço de lazer, de descanso, de alimentação e até de aspiração, de modo a proporcionar o máximo de conforto enquanto os veículos estão a carregar.
Suponhamos que um ENI ou uma empresa querem instalar pontos de carregamento no parque de estacionamento dos seus escritórios ou em casa dos colaboradores. Quais são as soluções que apresentam?
Após o contacto inicial é feita uma visita técnica ao local e avaliadas as necessidades e requisitos do mesmo. Depois, o projeto é desenhado de modo a responder a todas as especificidades técnicas e a dar resposta às necessidades de cada parceiro. A Power Dot tem como missão instalar os seus carregadores em todos os parques de estacionamentos disponíveis, mas o nosso modelo de negócio não contempla a instalação em casas próprias.
Como é feita a faturação?
Os carregadores estão ligados à rede Mobi.E pelo que os métodos de cobrança são os que estão previstos no regulamento da mobilidade elétrica. O custo do carregamento depende do contrato que os utilizadores tenham feito com a sua comercializadora, já que o preço do carregamento divide-se no custo da eletricidade consumida e no custo da utilização do carregador.
Quais as necessidades a nível de instalação elétrica? E de sistemas de segurança?
O único requisito necessário é a existência de um parque de estacionamento, de resto não são necessários mais requisitos uma vez que a Power Dot garante a instalação de tudo o que é necessário em todos os momentos da mesma.
Quanto tempo demora a instalação do vosso equipamento? Já está disponível para instalação?
A Power Dot trabalha com diferentes fornecedores de carregadores, não sendo os mesmos da Power Dot. A escolha dos fornecedores é feita consoante o tipo de serviço a prestar e sempre adaptado às necessidades do mesmo.
O consumo da empresa é comprometido? Há registos de quebras de energia?
Não, o consumo da empresa não é comprometido porque todo o projeto é instalado de forma independente.
Já há empresas a utilizarem os vossos pontos de carregamento? É possível referir a experiência dessas empresas?
São muitas as empresas com as quais já estabelecemos parceria. Por exemplo, um dos nossos parceiros é uma sociedade de advogados – Vieira de Almeida – que pretendia ter um espaço dedicado a veículos elétricos dentro do parque de estacionamento do seu novo edifício. Este espaço foi adaptado com pintura e sinalética para destacar esta exclusividade e foram instalados três pontos de carregamento da marca Circutor com a potência de 3,6 kW que permitem o carregamento simultâneo de seis veículos. A decisão pela adoção de um tipo de carregador mais lento (tempo de carregamento médio de seis horas) deve-se ao facto de o tempo de permanência médio de um carro superar o tempo de carregamento.
A experiência dos nossos parceiros tem sido muito positiva, uma vez que trabalhamos de forma organizada e em parceria com os mesmos. Se for necessário ajustar o projeto estamos disponíveis para o fazer, uma vez que a tendência é para que existam cada vez mais veículos elétricos a circular nas estradas nacionais.
Qual tem sido a adesão por parte das empresas portuguesas?
A adesão tem sido muito boa. Notamos um interesse crescente desde o primeiro dia, muito motivado pelo modelo de negócio que oferecemos. A Power Dot instala gratuitamente os carregadores, responsabiliza-se pela manutenção e gestão dos mesmos e ainda partilha parte das receitas com os proprietários dos parques. Um formato muito interessante para os nossos parceiros, uma vez que melhoram a sua oferta, tornam-se mais competitivos, mais sustentáveis e sem qualquer custo para os próprios.
O que esperam, a nível de negócios, para 2020 e para os tempos vindouros?
Neste momento, a Power Dot já está presente em 13 distritos de Portugal Continental, num total de 40 parques de estacionamento. No final de 2020, queremos poder afirmar que estamos em todos os distritos, incluindo ilhas, e que alcançámos os 100 parques de estacionamento.
