O grupo PSA vai juntar a Opel e a Vauxhall ao seu portefólio de marcas que já inclui a Peugeot, Citroën e DS.

O acordo com a General Motors, que prevê a aquisição das operações da Opel na Europa, foi anunciado segunda-feira, dia 6 de Março de 2017.

Os termos anunciados do acordo incluem:

  • A compra das operações europeias da General Motors por 2,2 milhões de dólares;
  • Isso inclui as unidades produtivas da Opel e da Vauxhall (no Reino Unido), avaliadas em 1,3 mil milhões de euros e as operações da sucursal financeira da GM na Europa, avaliadas em 0,9 mil milhões de euros;
  • A atividade financeira foi adquirida conjuntamente (50%/50%) entre a PSA Finance e o banco BNP Paribas, que detém a Arval (ler AQUI uma parceria entre a Arval e a PSA);
  • As operações de financiamento da Opel/Vauxhall abrangem 11 países europeus, servindo cerca de 1.800 concessionários. Teve um volume de 9,6 milhões de euros no final do ano de 2016. A gama de produtos inclui financiamento automóvel, crédito ao consumo, alugueres, financiamento a distribuidores e produtos de seguros.

Os objetivos imediatos desta fusão vão ser:

  • Fazer economias de escala no desenvolvimento e fabrico de modelos e atingir volume de negócio para obtenção de melhores preços em compras a fornecedores;
  • Neste capítulo, estão previstas sinergias anuais de 1,7 mil milhões de euros até 2026, das quais uma parte significativa até 2020;
  • Nestes pressupostos, a PSA espera que a Opel/Vauxhall alcance uma margem operacional recorrente de 2% até 2020 e 6% até 2026, para gerar um fluxo de caixa operacional positivo até 2020;

O resultado desta fusão permitirá:

Alguns dados importantes para a avaliação desta fusão:

  • A Opel/Vauxhall gerou receitas de 17,7 mil milhões de euros em 2016; o volume de negócios do grupo PSA em 2016 atingiu os 54.030 milhões de euros, conforme dados divulgados pela empresa;
  • Se assim o desejar, a General Motors vai poder vir a fazer parte desta fusão e continuar ligada à Opel através de opções preferências de compra de ações da PSA;
  • Estão previstas parcerias entre a GM e a PSA na implantação de tecnologias de eletrificação e/ou fornecimento de baterias;
  • A PSA tem em marcha um ambicioso plano (Push to Pass) de expansão das atividades do grupo, que vão muito além da simples produção automóvel;
  • Inserível nesse plano, a PSA e a Arval, empresa de renting e gestora de frotas automóveis do PNB Paribas, já tinham estabelecido parcerias pontuais;
  • O BNP Paribas, que faz parte deste acordo, foi uma das três instituições bancárias francesas (Crédit Agricole e Société Générale foram os restantes) que concedeu crédito, devidamente avalizado pelo governo francês, para impedir a falência do PSA Finance (BPF) em 2013;
  • O luso-francês Carlos Tavares é o atual CEO do grupo PSA. Anteriormente foi alto quadro executivo na Aliança Renault/Nissan.