Já muito longe daquela que foi a sua melhor geração (a segunda, em 2000) e ainda mais do modelo que foi, antes do tempo, um dos primeiro SUV da indústria automóvel (em 1994), o RAV4 apresenta-se agora na quinta geração com uma vocação bem diferente daquela com que o conhecemos nos últimos anos.
O novo RAV4 quer entrar agora na guerra dos SUV num mercado que não tem parado de crescer. Ou seja, se alguma vez foi a hora, é agora. As vendas dos SUV do segmento C e D valem hoje quase o dobro do que valiam quando a geração que dá lugar a esta nova foi lançada. E, mesmo no ano passado, que foi de run out, o RAV4 cresceu mais de 22% e apenas com a versão híbrida.
100% Híbrido? Sim!
De recreativo para robusto
O crescimento nas vendas deixa a Toyota com perspectivas bem otimistas.
O acrónimo RAV de Recreational Active Vehicle passa a querer dizer Robust Accurate Vehicle, ou seja, uma viatura com mais porte, mas também com mais foco nos clientes que quer conquistar.
A Toyota pretende manter a mesma importância no design da viatura, bem como valores que foram fundamentais para o seu nome, como o habitáculo e espaço na bagageira, a dinâmica e estabilidade do conjunto e a capacidade off-road. Por outro lado, de forma a torná-lo mais preciso e civilizado, para utilização sobretudo urbana, conta com mais visibilidade, ergonomia interior e espaços de arrumação. Tecnologicamente, a eficiência e a autonomia também aumentam para fazer frente à crescente oferta de produtos eletrificados no segmento.
E para se instalar de pleno direito, conta com uma série de argumentos, entre os quais e, em primeiro lugar, a nova plataforma TNGA (Toyota New Global Arquitechture). Esta traz uma configuração diferente para o RAV4, onde se destaca um perfil mais baixo, mais comprido e mais largo. Ao mesmo tempo, consegue rodas com vias mais largas, maior distância ao solo e mais espaço nas proteções dianteira e traseira da carroçaria. Além de tudo isto, o chassis está 57% mais rígido. A FLEET MAGAZINE esteve nas estradas do Douro a testar o novo carro e comprova que se trata de uma das melhores ofertas do segmento. As transformações ocorridas a nível da plataforma trouxeram um comportamento para o RAV4 que não se encontra em quase nenhum dos SUV do mercado, adornando muito pouco e tendo uma resposta a torções em curva próxima de uma berlina de configurações diferentes. Por outro lado, o espaço não se encontra comprometido em quase nenhum dos seus aspetos e as arrumações são mais do que suficientes.
O motor 2.5 Hybrid FWD
O motor com que o novo RAV4 utiliza é o 2.5 Hybrid FWD, com 218 cv de potência e 102 g/km (NEDC). Os principais componentes do conjunto híbrido, incluindo a Unidade de Controle de Potência (PCU) e a bateria de hidretos metálicos de níquel, são mais compactos e leves e o transeixo e a transmissão foram projetados para reduzir as perdas elétricas e mecânicas. A nova bateria é 11% mais leve e as perdas de transmissão foram reduzidas em 25% em comparação com o sistema anterior. O sistema híbrido utiliza o novo motor “Dynamic Force” de 2.5 litros da Toyota, uma unidade de quatro cilindros com injeção direta e indireta que aspira a ter o melhor consumo de combustível e as mais baixas emissões no novo RAV4: a economia de combustível no ciclo combinado é de 4,4 l/100 km (NEDC correlacionado com AWD-i), com emissões de CO2 de até 100 g/km (NEDC correlacionado com AWD-i). O desempenho é igualmente apoiado por uma nova estrutura de transmissão com um diferencial de pré-carga. Para o condutor, os resultados são melhor aceleração no arranque, superior eficiência a velocidades mais altas, aceleração geral mais suave e mais linear e melhor controlo ao desacelerar.
O novo RAV4 é Classe 1 nas portagens, com utilização de Via Verde, apenas para a versão de duas rodas motrizes. A versão de tração integral é Classe 2.