A ACEA – Associação Europeia de Construtores Automóveis – realizou um estudo que mostra o peso das importações/exportações de veículos automóveis entre a Grã Bretanha e os principais parceiros europeus.
Recorde-se que o Reino Unido é o segundo maior mercado europeu de automóveis, logo a seguir à Alemanha, e também o principal receptor da produção germânica.
Na sequência do resultado do Brexit, referendo em que os habitantes do Reino Unido escolheram um futuro fora da União Europeia, as implicações do resultado do referendo para o comércio e acesso ao mercado dependerá naturalmente do resultado das negociações com os mercados externos.
Brexit: efeitos para o mercado automóvel com a saída do Reino Unido da UE
O território inglês é uma parte importante da cadeia de abastecimento de automóveis da UE, com mais de 30 unidades de produção que fabricam viaturas e motores, assim como muitas indústrias de componentes para automóveis. No total, este setor emprega cerca de 700 mil pessoas.
Sensivelmente 80% da produção de automóveis do Reino Unido tem como destino a exportação, da qual 52,8% (no valor de 14,6 mil milhões de euros) vai para os Estados membros da UE. Ao contrário, a UE representa 81% do volume de importação de veículos automóveis do Reino Unido, no valor de 44,7 mil milhões de euros.
No atual contexto de desvalorização da libra, facilmente se conclui que poderá haver uma aproximação destes valores, com o incremento da importação (produção mais barata) e redução da exportação (produtos mais caros), no caso de não serem estabelecidos acordos comerciais bilaterais entre o Reino Unido e os seus principais parceiros internacionais, incluindo os mercados europeus.
Este gráfico comparativo estabelece o balanço do comércio automóvel entre o Reino Unido e os seus principais parceiros da União Europeia (Alemanha, Espanha, França, Bélgica, Polónia e Itália) em 2015, cobrindo exportações e importações de veículos automóveis, peças e acessórios automóveis.