Entre janeiro e outubro houve nas estradas portugueses menos acidentes com vítimas, menos vítimas mortais, menos feridos graves e menos feridos leves. Estas são as principais conclusões do relatório de Sinistralidade e Fiscalização Rodoviária da ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária) relativo ao mês de outubro – disponível para consulta no site da Autoridade.
Números mais concretos dizem que nos primeiros dez meses do ano registaram-se 21.337 acidentes com vítimas no continente, dos quais 336 óbitos ocorreram no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde. Houve 1.518 feridos graves e 25.031 feridos leves nas estradas entre janeiro e outubro.
A ANSR diz ter havido uma melhoria significativa nos principais indicadores de sinistralidade quando comparando com o período homólogo:
- Menos 8.098 acidentes com vítimas (-27,3%)
- Menos 61 vítimas mortais (-15,4%)
- Menos 436 feridos graves (-22,3%)
- Menos 10.904 feridos leves (-30,3%)
A colisão foi a natureza de acidente mais frequente nas estradas portuguesas, apesar do maior número de vítimas mortais ter resultado de despistes (+46,7%). Nesta tipologia de acidente verificou-se menos vítimas mortais (-13,7%) e menos feridos graves (-16,6%). Já no que respeita a atropelamento, houve também menos vítimas mortais (-1,8%) e menos feridos graves (-41,1%).
A maioria dos acidentes com vítimas registados entre janeiro e outubro em Portugal ocorreram em arruamentos: 62,7% dos acidentes, 34,5% das vítimas mortais, 43,3% dos feridos graves e 60,8% dos feridos leves.
67,6% do total de vítimas mortais eram condutores, 15,2% passageiros e 17,3% peões. No caso de feridos graves, a proporção de condutores aumenta (68,3%), ao passo que a de passageiros aumenta para 17,4% e a de peões diminui para 14,3%.
Os veículos ligeiros ocupam a maior fatia nos acidentes (74,4%).
Foram fiscalizados mais de 95 milhões e 600 mil veículos em Portugal entre janeiro e outubro, o que representa um aumento da atividade de fiscalização em 27,2% em comparação com o período homólogo de 2019. Este aumento deve-se à instalação de mais sistemas de radar da ANSR (rede SINCRO) em 32,0%, por exemplo, e de 37,4% dos radares da PML. Nas ações de fiscalização foram detetadas mais de um milhão de infrações, o que representa, face a 2019, uma redução de 2,7%.
O excesso de velocidade continua a ser a infração mais cometida pelos condutores portugueses, sendo que 63,2% das infrações registadas pela ANSR correspondem a este tipo de contra-ordenação.
Recentemente a ANSR, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) lançaram uma campanha de segurança rodoviária intitulada “Não atropele os seus planos”.
A campanha, inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2020, teve por objetivo alertar os condutores e os peões para a importância do cumprimento das regras de segurança rodoviária, ao mesmo tempo que alerta para o redobrar dos cuidados na estrada para evitar atropelamentos.