O aumento da venda de comerciais na Europa (ver AQUI os valores até Agosto de 2015) e em todo o Mundo está a levar as marcas a investirem cada vez mais no segmento e a Renault, líder tradicional da classe, revelou como vai ser a sua atuação durante os próximos anos.

Ashwani Gupta, responsável global da divisão de comerciais ligeiros da Renault foi claro ao sintetizar a estratégia da marca francesa dirigida para este segmento: “devemos procurar dar aos consumidores o produto correto, aquele a que o cliente aspira e não aquilo que nós queremos ou achamos melhor.”

É talvez este, afinal, o segredo da liderança de quase duas décadas da Renault no mercado dos comerciais ligeiros e é certamente atenta a este desejo e às novas tendências que se prepara para lançar a primeira pick-up da marca no continente europeu. Afinal, um em cada três veículo comercial ligeiro vendido em todo o mundo é uma “pick-up”, por isso há que ir ao encontro daquilo que os consumidores exigem.

Com uma ofensiva distribuída por três frentes – novos produtos, mais mercados e alargamento de parcerias -, o desejo do construtor é reforçar a liderança europeia e atingir o mesmo patamar nos difíceis continentes americano e africano.

renault vcl“Devemos criar o produto que o cliente aspira e não aquele que achamos melhor”

Prosseguindo a aposta na inovação e na pesquisa de formas alternativas de mobilidade, sobretudo urbana, a estrada a seguir passa pelo reforço das parcerias já existentes, abrindo vias para o desenvolvimento de novas partilhas de motores e produtos.

O primeiro caminho parte do seio da Aliança com a Nissan e passa pelo aumento da partilha de modelos com os grupos Daimler (Mercedes-Benz Citan) e General Motors (Opel Vívaro), o segundo enceta-se em breve com a construção para a Fiat de um comercial ligeiro baseado na nova Renault Trafic, destinado a substituir a atual gama Fiat Scudo, cujo modelo actual foi desenvolvido em conjunto com o grupo PSA.

No que se refere à nova pick-up, a Renault Alaskan, ela partilha alguns elementos da arquitetura da Nissan NP300 e constituirá mais um marco da cooperação estratégica entre a Daimler e a Aliança Renault-Nissan, uma vez que vai ser também a base do primeiro modelo da Mercedes-Benz neste segmento de mercado.