ALFEste poderá ser um ano tão mau para o renting como foi 2009, até agora o único período conhecido onde não houve crescimento para este sector. As previsões foram dadas pela ALF, a associação que congrega maior parte das gestoras de frota nacionais num encontro destinado à imprensa.
Em 2010, houve 35.471 viaturas adquiridas em renting, contra 29.617 em 2009 e 35.330 em 2008. Apesar de o primeiro trimestre indicar um crescimento de 1,49% comparado com período homólogo, a expectativa é que não haja crescimento deste negócio este ano.
Os motivos invocados estão relacionados com a crise económica que o país atravessa. De acordo com António Oliveira Martins, o responsável por esta àrea na associação que representa também o Leasing e o Factoring, as gestoras de frota vão tentar adiar as renovações de contratos, já que o valor de usados tem vindo a descer. 
“Há uma correlação histórica entre os indicadores de confiança e o mercado de usados”, explicou Oliveira Martins. “E como grande parte do risco do aluguer operacional está ligado aos valores residuais, é natural que as empresas queiram prolongar o período de contratualização, fazendo assim menos contratos novos”.
Por outro lado, não se espera que o peso do renting no número de vendas de viaturas novas ligeiras diminua. Se é verdade que muitas empresas de grande dimensão estejam a reduzir a sua frota, por outro lado existem cada vez mais empresas que aderem a este sistema de financiamento, explicou o responsável da ALF. Os números das viaturas em frota confirmam isso: desde 2007 até agora, há mais 26.131 carros nas gestoras (é preciso contabilizar a entrada de novos operadores para a associação, como a ALD Automotive, que acrescentou cerca de 10 mil veituras a este número).