Mesmo com a escassez de carros novos, o renting registou, nos nove primeiros meses do ano, um crescimento face ao ano passado.
Dados da ALF – Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting dizem que entre 1 de janeiro e 30 de setembro, o renting cresceu 8,8% no número de viaturas e 18,8% no valor da produção acumulada.
Outro dado interessante é o facto de, neste período, dos 19.107 veículos contratados em renting, o crescimento do número de comerciais tenha superado o de passageiros (20,4% contra 8,3%, respetivamente).
Ainda assim, a ALF refere que a produção acumulada de renting manifestou uma perda de 25,4% no número de viaturas (quando comparado com valores pré-pandemia, altura durante a qual ainda não se verificavam os constrangimentos que contribuíram para a escassez de semicondutores).
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Sinal dos tempos e da importância que o renting assume, com 125 mil viaturas em circulação, a frota está 4,6% acima do volume verificado em setembro de 2021, diz a ALF.
“Em retrospetiva, a variação na frota, numa comparação com o desempenho do renting no período anterior à pandemia, é igualmente positiva na ordem dos 5%”, esclarece a associação em comunicado.
Alguns dos fatores que podem explicar a melhoria deste serviço prendem-se com a agilidade das gestoras em procurarem e, consequentemente, encontrarem novas soluções (mais flexíveis) para os clientes, sendo o prolongamento dos prazos dos contratos e o recurso ao renting de viaturas usadas os principais responsáveis pela continuidade da mobilidade das empresas e dos clientes particulares.
Luís Augusto, presidente da ALF, diz que “a pandemia, seguida da subida gradual da inflação e do início da guerra na Ucrânia, determinou um aumento da incerteza no sentimento dos consumidores e das empresas”.
Ainda assim, o responsável garante que o financiamento especializado se mantém, como em anteriores crises, “um garante de suporte à economia e aos seus agentes, sejam particulares ou empresas”.
“Os dados estatísticos agora divulgados, relativos a três quartos do ano 2022, acompanham os sectores mais dinâmicos da economia, superando valores que se verificavam antes da pandemia”, conclui Luís Augusto.