safeplanMais importante do que aumentar as competências de condução por via de cursos e ações de formação, por exemplo, é vital que os condutores adquiram uma nova mentalidade que lhe dê plena consciência da responsabilidade e das consequências dos atos praticados durante a condução.

Esta é a conclusão das diversas intervenções realizadas no âmbito da conferência: “A Sinistralidade e a Alteração dos Comportamentos” organizada pela Leaseplan, que reuniu um conjunto restrito de clientes frotistas e diversas entidades e responsáveis no âmbito da segurança rodoviária.

Na ação foram dados a conhecer os resultados da evolução da sinistralidade em Portugal e as principais causas dos acidentes rodoviários, incluindo o impacto que estes têm para a economia do País e para a atividade das empresas em particular.

“O fator humano é a principal causa dos acidentes e 33% das mortes por acidente de trabalho são rodoviários”, realçou Jorge Jacob, presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, colocando no Top 10 das razões o excesso de velocidade e o uso do telemóvel.

Jorge Jacob alertou também para os resultados do aumento preocupante das infrações e dos acidentes em consequência do excesso de álcool e de o facto dos valores apurados revelarem uma taxa elevada de incidência entre os condutores profissionais.

“A maioria está mesma perdida de bêbada”, caricaturou o responsável da entidade rodoviária, para vincar que se trata de um problema social bastante grave e que deve permanecer sobre vigilância apertada das autoridades.

Lourenço da Silva, tenente coronel da GNR e um dos oradores da conferência, explicou o facto do “comportamento inadequado ao volante agravar o risco e retirar o domínio da situação”, para reforçar que “96% dos sinistros resultarem da prática de erros humanos”.

Conclusão a que o estudo “Mobility Monitor”, realizado a condutores de empresas clientes da LeasePlan em 32 países, incluindo Portugal, já tinha chegado: “os aspetos comportamentais são os principais responsáveis pela sinistralidade rodoviária, sendo o excesso de velocidade e a utilização do telefone ao volante os comportamentos de risco mais comuns”, lê-se no documento.

Estes resultados e esta realidade bem vincada em Portugal é um dos principais motivos de um novo serviço da LeasePlan, designado SafePlan.

“Temos a responsabilidade e o dever de ajudar as empresas, estruturando um plano de segurança que contribua para a redução da sinistralidade”, começou por explicar Ricardo Silva, director comercial adjunto de Business Development desta gestora de frota automóvel.

O programa “SafePlan”, que a LeasePlan Portugal passa a propor aos seus clientes, engloba análises detalhadas com relatórios de sinistralidade que permitam identificar os problemas individuais dos utilizadores, de modo a desenvolver ações específicas e formações direccionadas a cada perfil de condutor, realizadas com o apoio da Prevenção Rodoviária Portuguesa.

Realçando a importância que este tipo de iniciativas tem para a imagem social e corporativa das entidades, bem como para a redução de custos e maior produtividade das empresas, Ricardo Silva salientou que o plano contempla também o acompanhamento e monitorização dos hábitos de condução com recurso ao uso da telemática, existindo, nesta matéria, dois pacotes distintos, de forma a minorar as queixas de invasão da privacidade geralmente associadas a este tipo de tecnologia.

Após um debate que reuniu alguns oradores e ainda Sandra Nascimento, presidente da ASPI e Luís Rodrigues, voluntário da Associação Salvador, entidade com a qual LeasePlan tem um protocolo, e José Manuel Trigoso, presidente da PRP, Pedro Pessoa, diretor de marketing e vendas da gestora encerrou os trabalhos evidenciando que do debate resultaram “conclusões e reflexões que nos ajudam a definir quais os instrumentos de gestão de frota mais adequados para a diminuição da sinistralidade rodoviária dentro do nosso universo de clientes e para continuarmos a fazer do carro um meio de vida dos condutores das nossas estradas, com toda a segurança.”