A SGS diz que todos beneficiam quando as viaturas são entregues nas melhores condições. E a pré-peritagem ajuda a evitar surpresas
O recondicionamento e a entrega das viaturas no final de contrato continuam a ser os temas mais quentes na gestão de frotas. Os clientes já estão habituados às peritagens que lhes indicam os valores referentes aos danos, que lhes serão cobrados pelas gestoras de frota.
E estão habituados também à entidade que o faz: a SGS.
Com 93 anos de atividade em Portugal, mas muito menos dedicados a esta atividade, esta empresa trabalha com praticamente todas as gestoras de frota e os números dizem que fazem a peritagem de quase todas as viaturas entregues em final de contrato.
O responsável por esta divisão, Pedro Coelho, entrevistado na edição de Setembro de 2015 da FLEET MAGAZINE diz que os clientes já estão mais conscienciosos do que é o renting e, por consequência, do que é a entrega do carro. E, por isso, aparecem viaturas com cada vez menos danos. Olhando para o brilho do verniz e para a falta de riscos das jantes nas fotos do relatório de peritagem, Pedro Coelho identifica logo que o carro foi recondicionado.
É a prova de que os clientes procuram entregar as viaturas em melhores condições. E a SGS pode ajudar.
Ao mesmo tempo que a idade e a quilometragem dos veículos aumenta, os custos com danos diminuem. Isso significa que que há mais cuidado nos carros que são entregues?
Os custos diminuiram nos comerciais 39% e nos passageiros 18%. Tem a ver com uma tendência de mercado em que apesar do prolongamento de contratos e de baixa económica, as pessoas têm mais cuidado. Já estão mais familiarizados com o renting. E notamos um aumento considerável na pré-peritagem, um serviço da SGS para clientes que tenham renting e queiram saber qual o custo dos danos que o seu automóvel terá no momento da entrega.
Os custos diminuiram nos comerciais 39% e nos passageiros 18%
Em que consiste a pré-peritagem?
Com esse serviço, consegue-se antecipar e eventualmente ir a tempo de corrigir os danos numa oficina que tenha os custos mais baixos do que aqueles cobrados por uma gestora. Os valores que são colocados nas inspeções são os valores das marcas, apesar do valor de mão-de-obra ser diferente de gestora para gestora, tal como os danos que são considerados elegíveis e não-elegíveis.
Uma das queixas que os gestores de frota fazem é de que os critérios não são muito objectivos. Que comentários pode fazer?
É por isso que as gestoras contratam a SGS. É precisamente para saberem que não há qualquer dúvida relativamente ao valor. A gestora diz as regras e essas regras têm que ser objetivas. O que tentamos fazer são medições objetivas. Se o dano estiver claramente dentro do limite definido, não é considerado. Se estiver fora do limite, é considerado.
As gestoras de frota dizem que no passado houve danos que não foram considerados e que agora o são, porque era um custo que tinham suportar sem transferirem para o cliente…
Este negócio é relativamente jovem. A SGS começou com ele em 2002 a nível internacional e a forma de o prestar é igual em todos os países.
Antigamente não se fazia qualquer análise de danos e teve que se montar isto do zero, sem qualquer histórico. Isto significa que no final do contrato havia uma redução do valor comercial da viatura, já que o valor residual é calculado tendo em conta que a viatura é entregue em perfeitas condições para aquela quilometragem.
Mas o mercado foi-se ajustando. Alguns clientes de renting começaram a perceber que podiam reparar alguns danos antes de entregar a viatura,mas não têm muito conhecimento técnico sobre a reparação que vai ser feita. Então começaram a aparecer viaturas com danos resultantes não da utilização, mas da reparação mal executada. Daí que tenham passado a ser cobrados alguns danos que antes não existiam.
Que danos são esses? É possível entregar-se uma viatura sem danos? As diferenças entre os critérios das gestoras são muito assimétricas? Têm existido maior procura pelos serviços de préperitagem? A SGS recomenda oficinas e que é o serviço de inspecções comerciais e peritagem dinâmica?
Descubra as respostas Pedro Coelho, responsável pelo departamento de peritagens da SGS na entrevista publicada na edição de Setembro de 2015 da FLEET MAGAZINE