O Kamiq é o SUV mais pequeno da ŠKODA e surge agora com um novo restyling. Frente e linhas renovadas, gasolina a movê-lo e os argumentos de sempre: versatilidade, espaço e conforto a bordo, o que o torna num carro com verdadeiro caráter familiar

Este SUV compacto, o terceiro a ser apresentado pela ŠKODA (depois dos Karoq e Kodiaq), circula num grupo onde a concorrência é forte, numa estrada já bastante movimentada, composta por outros modelos do grupo (o Volkswagen T-Cross ou o SEAT Arona, que partilham a mesma plataforma) ou até mesmo pelas soluções vindas do grupo Stellantis (Fiat 500X ou Citroën C3 Aircross). Ainda assim, apresenta-se mais uma vez debaixo da égide “Simply Clever”, slogan da marca checa que, ao longo dos anos, tem vindo a habituar os seus clientes a propostas cuidadosamente desenhadas e com tudo no sítio e onde devia estar; e o Kamiq cumpre com esse pressuposto na perfeição.

Para começar, é um SUV com caráter crossover, o que aumenta o seu potencial atrativo, ou não fosse a escolha por este género de carroçaria cada vez mais popular nas empresas, seja devido à elevada posição de condução – fator deveras apreciado por quem efetivamente passa tempo ao volante -, seja pelo design mais robusto e corpulento.

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E se no design exterior o Kamiq cumpre as expectativas sem grandes alaridos, seguindo a filosofia prática da marca, é no comportamento em estrada que este SUV compacto realmente se destaca. Destaca-se a excelente suspensão, afinada de tal forma que proporciona um rodar suave quase a roçar a perfeição quer em ambiente urbano quer em auto-estrada. É por isso seguro afirmar que o Kamiq é um estradista? Sim, e qualquer frota com uma folha de quilómetros bem preenchida tem a ganhar com um veículo como o Kamiq. Embora não seja o maior prestador de uma condução divertida ou emocionante – até porque não é a isso que este carro se presta -, o Kamiq é garantia de horas confortáveis, bem insonorizadas e seguras ao volante.

A bordo, destacam-se os materiais utilizados no revestimento do cockpit, com boa qualidade e alguns apontamentos dignos de nota de modelos de segmentos superiores, embora sem deslumbrar.

Quanto à capacidade da bagageira de amplo e muito fácil acesso, situa-se nos 400 litros, um valor bastante aceitável para um automóvel deste segmento, que conta com inúmeras soluções/compartimentos no interior, que aumentam a capacidade de arrumação a bordo para 26 litros.

Do motor 1.0 litros 3 cilindros com 116 cv não é exigido nada mais, cumprindo na perfeição aquilo que lhe é pedido quando pressionado o pedal direito; a caixa manual a ele acoplada de seis velocidades está bem escalonada e gere muito bem as (naturais) passagens de caixa, mais vezes necessárias em regimes mais baixos. Ainda assim, um motor com energia e desenvoltura mais do que suficientes.

As médias de consumos ao volante ficaram sempre abaixo dos 7 l/100 km (terminou-se o ensaio com uma média ponderada de 6,7 l/100 km).

O Kamiq é vendido a partir de pouco mais de 26.730 euros, um preço que o coloca no patamar mais baixo da Tributação Autónoma. No entanto, com a lista de extras que equipa a versão ensaiada (pintura metalizada, Pack Black, Pack Light & View Plus e as jantes de 17”), esse valor facilmente chega perto dos 28 mil euros (27.953 euros).