A smart conta atualmente com dois modelos 100% elétricos e uma estrutura de negócio que assenta bastante no online. No entanto, a atitude junto das empresas continua presencial e muito ativa, até porque o sucesso no mercado português depende bastante da presença neste canal. Como vantagens, a smart tem produto adequado aos tempos atuais e a solidez de uma rede de assistência consolidada
A smart ressurgiu mais forte depois da compra de 50% da marca ao grupo Daimler por parte da Geely em 2019, a holding chinesa que também adquiriu a Volvo em 2010. A nova fase da marca começou em 2022 com o smart #1, a que se veio juntar o #3 em 2023. Apresentado este ano, o #5 está previsto começar a ser comercializado em Portugal em 2025.
#1, #3, #5… Porquê este salto? Provavelmente para distinguir claramente as duas fases da marca, quando recordamos que os modelos mais conhecidos da anterior fase da marca são o fortwo e o forfour. Mas, como vivemos uma onda de revivalismo na indústria automóvel e também de muita procura por modelos elétricos mais acessíveis, o sucessor do emblemático fortwo está em estudo e já circulam online esboços do que poderá vir a ser um provável #2. Porém, oficialmente muito pouco foi dito sobre o assunto.
Porque para uma marca crescer no mercado português é inevitável estar presente nas empresas, a smart tem oferta e condições dirigidas às frotas. Pedro Tomé, responsável pela gestão do canal B2B da marca, explica quais são os pilares da estratégia de atuação da smart junto das empresas e de que forma os modelos atuais podem satisfazer as suas necessidades.
“A smart oferece agora um portfólio de produtos (#1 e #3) perfeito para as necessidades das empresas que estão cada vez mais preocupadas com questões de sustentabilidade e ecologia. São dois modelos com características SUV e 100% elétricos, com um design inovador e apelativo proveniente da Mercedes-Benz, disponibilizados com dois modelos de bateria e com autonomias superiores a 400 kms. Que dispõem de espaço interior e de um conjunto de equipamento base que são seguramente benchmark no segmentos B e C”, começa por explicar.
“Por outro lado”, adianta Pedro Tomé, “neste novo modelo de venda direta com uma forte componente digital, os clientes empresa podem proceder à escolha da viatura que mais se adequa às suas necessidades e realizar toda a jornada de aquisição de um automóvel, 100% online”.
Para os clientes que procuram um aluguer operacional, a smart conta com um parceiro, a Ayvens. Na plataforma online da smart, junto com a simulação do modelo, surge automaticamente uma proposta da locadora, com o objetivo de permitir uma maior simplicidade em todo o processo de aquisição.
O responsável pelo canal frotas da smart destaca também “a rede alargada de agentes da marca, ligada à Mercedes-Benz, extremamente experiente no suporte a clientes empresa, quer na área de vendas, quer em termos de serviços de após venda e apoio ao cliente”.
E como está a decorrer a recetividade ao smart #1 e #3 junto dos clientes profissionais?
Estamos a ter muito boa recetividade, fruto da elevada notoriedade que a marca smart tem no mercado português. Reconhecemos que ainda temos um longo caminho a percorrer para que a nova geração de produtos atinja o patamar de notoriedade que reconhecemos ao smart fortwo mas, quer o smart #1, quer o smart #3, estão a ter uma excelente aceitação por parte das grandes empresas. Especialmente aquelas que procuram uma solução premium diferenciada, com design e equipamento devidamente reconhecidos.
Participar em eventos e ser um dos finalistas na eleição do Carro Frota Ayvens, por exemplo, é importante para o conhecimento da marca junto dos responsáveis de frota?
É importante para nós estarmos presentes em todos os eventos que promovam a mobilidade, sobretudo elétrica, nomeadamente aqueles como a eleição do Carro Frota Ayvens. Porque é seguramente uma forma de os responsáveis de frota, gestores e decisores poderem ter um contacto mais próximo com os nossos produtos.
Neste sentido, que soluções ou serviços foram desenhados especificamente para o cliente empresarial? Distinguindo nesta análise empresas e ENI.
Como marca com um modelo de venda direta e forte componente digital, apresentamos diretamente no site da smart soluções em renting muito completas e competitivas, desenhadas em parceria com o nosso parceiro Ayvens e pensadas especialmente para o tecido empresarial Português, o ENI e PME.
Em paralelo, a rede de gentes no terreno tem também um conjunto de ferramentas e parcerias financeiras que permitem apresentar às empresas as soluções de financiamento que melhor se adequam às necessidades de cada empresa.
A ligação estabelecida em 2019 com o grupo Geely e a transferência de produção para a China significou um recomeço para a marca? Teve algum impacto na forma como os clientes olham para a smart e também sobre o valor residual dos novos modelos?
Falar em “recomeço” é uma palavra demasiado forte. A smart é uma marca com uma grande notoriedade, embora talvez ainda muito ligada a viaturas essencialmente urbanas. A smart cresceu. Cresceu em tamanho, cresceu em tecnologia, cresceu em qualidade mas, acima de tudo, manteve o seu ADN de divertimento, segurança e posicionamento no mercado. O nosso trabalho agora com a nova geração de produtos é exatamente esse: mostrar que a marca smart é mais do que o smart fortwo; é uma marca mais global e com uma utilização mais versátil.
Com a parceria com a Geely conseguimos provavelmente o melhor de dois mundos: reunir o design, concepção e garantia de qualidade proveniente da Mercedes-Benz, com a tecnologia e flexibilidade de produção proveniente da Geely.
Estamos a fazer o trabalho de posicionar a marca em segmentos onde ainda não somos reconhecidos, onde apesar da notoriedade não éramos uma opção habitual para as grelhas. Mas é um esforço recompensador, porque o feedback dos clientes tem sido muito positivo e, apesar de ainda termos um caminho a percorrer, os valores residuais espelham este esforço e, sobretudo, a qualidade da nova geração smart.
O que se pode dizer sobre futuros modelos da marca, nomeadamente sobre o #2, “herdeiro” do lendário “fortwo”, com que muitos consumidores ainda identificam a smart?
Lançámos em 2022 o smart #1, em 2023 o smart #3 e acabámos de apresentar o 3.º modelo da marca, o smart #5, que será lançado para o ano.
Estamos neste momento focados em consolidar esta nova “versão” da marca com os atuais smart #1 e #3 para, no próximo ano, prosseguir a estratégia de alargamento do portfólio com smart #5. Estamos a trabalhar na consolidação da marca, mas o sucessor do smart fortwo ainda se encontra numa fase de estudo. Avizinha-se um futuro risonho com algumas novidades para os proximos tempos!