A Stellantis disse que vai abandonar a ACEA – Associação Europeia dos Construtores Automóveis já no final de 2022.

A Reuters avança que o grupo automóvel, do qual fazem parte 14 marcas (entre elas a Peugeot, Fiat ou Citroën), quer sair daquela associação e traçar o seu próprio caminho e abordar, sozinho ou com quem o quiser acompanhar, os desafios da mobilidade do futuro.

A Stellantis está mesmo a planear um evento denominado “Freedom of Mobility” para o início de 2023, onde procurará identificar a melhor forma de trazer uma mobilidade limpa, segura e acessível à sociedade, à luz dos desafios que o aquecimento global impõe.

Este evento surge como resposta à proposta que a Europa dos 27 se prepara para criar, onde serão banidas as vendas de ligeiros de passageiros novos com motor a combustão a partir de 2035 – o que é visto pela Stellantis e pelo seu CEO, Carlos Tavares, como uma ameaça à própria indústria automóvel.

Stellantis quer criar grupo líder no renting europeu

Em comunicado, Carlos Tavares fez saber que a Stellantis pretende, com o evento, “criar um fórum público no qual os seus participantes possam juntar-se para discutir as questões fundamentais em torno do debate sobre a mobilidade descarbonizada”.

Tavares acrescenta que, com este debate, serão identificados os “próximos passos” a dar; passos esses que “devem ser dados em conjunto”, conclui.

Quando acontecer, a Stellantis será o primeiro principal fabricante automóvel a abandonar a ACEA.

Recorde-se que Carlos Tavares já foi, inclusivamente, presidente da ACEA, uma associação que representa os 16 principais construtores de carros, camiões e autocarros da Europa e que faz lobby pela indústria automóvel junto da União Europeia.