Uma empresa com o objetivo de redefinir o futuro da mobilidade. É este o mote da Stellantis, a nova empresa resultante da fusão dos grupos PSA e FCA que, nas palavras de Carlos Tavares, o português que assume a direção executiva da empresa, não quer quer ser grande, quer ser grandiosa.
Carlos Tavares apresentou o plano estratégico da Stellantis, que assume um compromisso sério com a criação de valor e com a insistência na performance e eficácia.
O clima também não foi esquecido pela Stellantis, que pretende alcançar, ainda que a longo prazo, a neutralidade carbónica em todos os produtos, fábricas de montagem e instalações.
Ao mesmo tempo, a nova empresa pretende captar as oportunidades da nova era da mobilidade, com soluções inovadoras provenientes de um património até aqui construído pelas marcas que agora a constituem.
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Aposta na diversidade
A Stellantis assume-se como uma empresa global e centra-se na diversidade para assumir lugar de destaque no mercado. São mais de 400 mil colaboradores espalhados pelo mundo que garantem uma escala significativa com posições comerciais estabelecidas nos principais mercados (Europa, América do Norte e América Latina). Embora bem estabelecida nestas três regiões, a Stellantis vê um potencial significativo por explorar em mercados como a China, África, Médio Oriente, Oceânia e Índia.
Para Carlos Tavares, é fundamental ter uma equipa experiente com diversidade e espírito competitivo. Desta forma, de acordo com o CEO português, é possível continuar o historial de criação de valor das empresas fundadoras da Stellantis para todos os interessados, guiada por um princípio comum: desafiar o status quo.
Sinergias
A empresa espera alavancar a sua dimensão e as suas economias de escala como potencial para investir em soluções inovadoras de mobilidade para os seus clientes. Como? Visando sinergias anuais superiores a cinco mil milhões de euros fixos.
Como é que a Stellantis chegou a este número?
As estimativas de sinergias serão alcançadas através da implementação de estratégias de compra e investimento, otimizando os sistemas de propulsão e a utilização de plataformas, focando-se ao mesmo tempo na aplicação de um sistema de investigação e desenvolvimento de ponta. Estas estimativas de sinergias não contemplam encerramentos de fábricas, assegura a Stellantis.
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Oportunidade de sustentabilidade
A eletrificação não foge à regra e a promessa da Stellantis é real: 39 veículos elétricos (VE) disponíveis até final de 2021. Até final deste ano, a empresa espera introduzir dez veículos adicionais à carteira de 29 soluções eletrificadas das suas marcas.
A Stellantis vai mais longe e diz que até 2025 todos os modelos lançados terão uma versão eletrificado. “Estamos no bom caminho e em sintonia com as expectativas do mercado”, disse Carlos Tavares.
A Stellantis quer estar na linha da frente das tecnologias inovadoras com produtos inovadores e criar valor através de soluções “baratas, versáteis, apelativas e distintas”.
“Continuar a trabalhar a qualidade” – para o CEO da Stellantis, qualidade não é apenas ter clientes satisfeitos. Carlos Tavares disse que a Stellantis tem de estar consciente do nível da procura e ter rigor dentro da empresa para manter o foco na qualidade do produto e dos serviços.
A pandemia
Carlos Tavares não esqueceu a pandemia provocada pelo novo Coronavírus (COVID-19) e os efeitos que teve na indústria, principalmente nas marcas que compõem a Stellantis. “Quero agradecer calorosamente a todas as equipas que tornaram possível [o nascimento da Stellantis] e a toda a força laboral que continuou a fazer avançar as nossas operações durante este ano de exceção. Isto demonstra a agilidade, a criatividade e adaptabilidade da nossa empresa, que pretende ser grandiosa e não grande”, disse.
Desde 16 de janeiro que o nome a nova administração da Stellantis se encontram em vigor