Na primeira parte da entrevista a Nuno Marques, diretor da Citroën para Portugal e Espanha, sobre os novos argumentos da marca e sobre a estratégia de crescimento na frota de muitas empresas, nomeadamente com a oferta de viaturas e soluções ajustadas às suas necessidades.
Neste resumo de uma entrevista publicada na edição de novembro da Fleet Magazine, Nuno Marques apresentou um comparativo dos custos de utilização do Citroën C5 Aircross PHEV, face à versão a gasóleo de 130 cv.
Com vantagem para o C5 Aircross Hybrid com 225 cv, num estudo a 48 meses/80 mil quilómetros, com rendas Free2Move incluídas.
Na segunda parte da entrevista vamos ficar a conhecer a estratégia do novo Citroën C4 que está a chegar agora a Portugal e desvendar idêntico estudo comparativo aos custos totais de utilização entre o ë-C4 100% elétrico com bateria de 100 kW e atuonomia para mais de 300 km e o C4 1.5 BlueHDi Feel com 130 cv e transmissão automática de oito velocidades.
FLEET MAGAZINE – O que traz o novo Citroën C4 que lhe permita diferenciar-se num segmento que vale 25% das vendas em Portugal e onde se concentra a maioria da procura das empresas?
NUNO MORGADO – Quando a marca decidiu renovar a sua oferta no segmento C teve de equacionar dois caminhos: ou seguia a via tradicional, uma berlina como é hoje um Golf, um Classe A, um Série 1… ou seguia um caminho alternativo e irreverente, afinal aquilo que faz parte do ADN da Citroën, para, dessa forma, conseguir tocar o público de uma forma diferente.
Escolhemos a segunda via e o futuro irá dizer se temos razão ou não. Mas estou 100% convencido de que foi a escolha mais acertada, porque criámos uma berlina pura do segmento C, com aspeto de um SUV, com os códigos genéticos de um SUV, o que significa que o cliente passa a ter uma nova alternativa, mais acessível do que o C5 Aircross.
E penso também que este é um argumento válido para fazer a diferença no mercado.
Ou seja, se nós optássemos por uma oferta tradicional, uma berlina, seria só mais uma no meio das várias opções no mercado. Apesar dos nossos argumentos, seria sempre mais uma.
Com esta aposta, decidimos preencher um vazio que hoje existe e que nos vai permitir ter uma palavra a dizer no segmento C.
https://fleetmagazine.pt/2021/01/11/citroen-b2b-c4-c5-ami-berlingo/
Nesse processo qual o papel a desempenhar pelo ë-C4?
É a cereja no topo do bolo!
Ter uma oferta elétrica foi sempre ponto assente, a questão poderia estar entre ser híbrida ou 100% elétrica.
Optámos por ter um carro 100% elétrico porque podemos tocar seja no B2C, seja no B2B.
A electro-compatibilidade, se quisermos chamar-lhe assim, começa a ser muito maior do que aquilo que tínhamos ideia no início.
Claro que ninguém vai propor um ë-C4 a um cliente que faz Lisboa-Porto todas as semanas.
Mas essa não é a realidade dos nossos clientes hoje. Grande parte faz 50 km por dia nas suas deslocações dárias e raramente tem de fazer uma viagem de 300 km.
E no mercado das empresas vai ter um papel verdadeiramente importante, nomeadamente para quem procura uma berlina do segmento C, com aspeto de um SUV, e queira ter um TCO mais reduzido do que o obtido por uma berlina diesel tradicional.
O Free2Move permite à Citroën disponibilizar soluções próprias de aquisição. O que está equacionado para o novo C4 ou para outros modelos?
Vou explicar um pouco o conceito sem dar ainda a solução. O Free2Move é uma estratégia de grupo fundamental para disponibilizarmos soluções de mobilidade para qualquer tipologia
de cliente: seja para quem quer alugar um carro, para adquirir o carro ou para fazer um renting.
O que queremos com o Free2Move é construir soluções suficientemente atrativas e flexíveis, quer o cliente queira um carro durante um mês, durante 6 meses ou mais tempo… Ou ao minuto, podemos vir a ter essa solução.
É sobre isto que estamos a trabalhar, para que o elétrico ganhe cada vez mais espaço dentro do nosso mercado.
E quando é que Portugal pode contar com estas soluções?
Espero ter todas disponíveis, ou pelo menos parte delas, no primeiro trimestre de 2021, para
que possam acompanhar o lançamento do novo C4 em Portugal.
Na terceira e última parte da entrevista a Nuno Marques vamos ficar a conhecer a importância da Berlingo para a sucesso da Citroën no segmento dos comerciais ligeiros e ainda o inesperado contributo que o Ami pode ter para a penetração da marca no B2B