Apenas o valor residual coloca o Lexus a meio da tabela neste TCO. Se quiser manter-se competitivo e ser alternativa há necessidade de rever alguns pontos importantes
O Lexus NX 300h 2.5 197 AWD é um carro híbrido mas não plug-in, o que lhe retira qualquer vantagem fiscal no âmbito da Fiscalidade Verde.
Mesmo assim, tem um IUC mais favorável, derivado do facto de apresentar o motor mais pequeno entre os modelos em confronto: cerca de 70 euros/ano que, num prazo alargado de 48 meses/120 mil quilómetros, não têm grande impacto sobre os custos de utilização.
O mais curioso neste estudo da 4Fleet é o Lexus apresentar uma desvalorização inferior ao Volvo XC60 já com o novo motor 2.0 D4 de 190 cv e transmissão automática.
Olhando com mais detalhe para os parâmetros que avaliam o TCO dos 5 modelos envolvidos, facilmente se percebe que em qualquer um dos restantes itens analisados, os custos do Lexus ficam acima dos valores médios do grupo: manutenção (só Land Rover e o Audi Q5 apresentam valores mais elevados), pneus e, naturalmente, custos com o combustível, já que a gasolina tem um preço superior ao gasóleo.
No capítulo, é colocada em evidência a vantagem do BMW X3, que inclui a manutenção programada durante 5 anos/100 mil quilómetros no preço de compra da viatura.
Questões a rever para manter competitividade
Neste estudo, a 4Fleet mostra o que pode ser feito para tornar mais competitiva a oferta do NX 300h.
Em primeiro lugar deve ser levado em linha de conta os custos de manutenção deste modelo, que são ligeiramente superiores à média do conjunto avaliado nesta análise, essencialmente devido ao custo de mão-de-obra e ao número de horas necessárias para cumprir o plano de manutenção preconizado.
Além disso, alguns componentes de substituição apresentam valores elevados, algo que se acentua quando um dos concorrentes, o BMW como se explicou anteriormente, inclui na compra a oferta de um plano de manutenção preventiva até aos 100 mil quilómetros.
O facto de esta versão dispor de pneus de 18” contribui também para elevar os valores desta proposta, principalmente quando comparado com concorrentes equipados com jantes de 17’’.
Quanto ao combustível, pouco há a fazer: ainda que um híbrido tenda a apresentar médias menos elevadas (apesar de a condução de um motor a gasolina mostrar tendência para se afastar mais facilmente dos consumos anunciados em condições reais de utilização), o diferencial de preço deste combustível, face ao gasóleo, elimina qualquer competitividade neste capítulo.