TCO: Confronto germânico. Quem leva a melhor?

Não serão certamente as versões mais indicadas para frotas. Mas não tem curiosidade em saber o custo por quilómetro de um Mini Cooper?

Analisando a cilindrada e os valores de potência de cada uma das unidades presentes neste estudo da 4Fleet, a maioria dos gestores de frota vai com certeza torcer o nariz.

Afinal, como podem explicar ao responsável financeiro da empresa a opção por versões que não são as mais eficientes das respetivas gamas e que, para agravar o cenário, apresentam preços de aquisição que declaradamente as colocam no segundo escalão da Tributação Autónoma?

Contudo, a análise encerra uma particularidade bastante curiosa: das 5 viaturas em estudo, 4 (aos pares) partilham mecânica e fazem parte do mesmo grupo construtor: Mini e BMW de um lado, VW e Audi do outro.

O “outsider” do grupo acaba por ser o Mercedes-Benz Classe A, por sinal aquele que, apesar de dispor da cilindrada mais elevada, é o menos potente e que apresenta valores médios de consumo e emissões mais elevados.

O que os distingue afinal?

As razões atrás descritas dão, por isso, um interesse diferente ao estudo: perceber o motivo de modelos que, partilhando as mesmas características mecânicas, poderem, no final, apresentar custos de utilização diferentes.

Mais do que uma mera leitura fria e descritiva dos quadros, que preferimos deixar à interpretação do leitor, importa salientar a importância da inclusão dos custos dos serviços de manutenção programada no preço da viatura (5 anos/80 mil quilómetros no caso do Mini, 5 anos/100 mil quilómetros no caso do BMW).

Daí que a 4Fleet tenha deduzido este benefício do custo de aquisição destes modelos, de modo mais justa e credível a análise.

Curiosamente, é precisamente entre estes dois modelos com o mesmo motor que residem as maiores diferenças tanto nos custos de manutenção, como nos consumos. No primeiro caso registam-se algumas diferenças no preço da mão-de-obra, com disparidades no custo de algumas peças a contribuírem para elevar as despesas de manutenção do BMW.

Uma justificação pode estar no facto do Mini dispor de tração dianteira, ao contrário do BMW série 1, que mantém tração às rodas traseiras.

Fora dos dois pares de modelos equiparáveis em motor está mais um carro alemão, o Mercedes-Benz Classe A.

É, como se disse anteriormente, aquele que dispõe de maior cilindrada e maiores custos de combustível. Mas também é, curiosamente a par do Mini, o que apresenta despesas de manutenção menos elevadas, principalmente devido a intervalos de manutenção mais alargados, ao custo mais contido de algumas peças e valores totais de mão-de-obra mais reduzidos.

Características dos modelos e ficha técnica da análise

O TCO foi calculado para um prazo de 48 meses, com uma quilometragem anual média de 30 mil quilómetros e inclui a substituição de 10 pneus.

Para o cálculo dos custos do combustível foi utilizado o consumo médio/misto/combinado indicado por cada fabricante.

Não entraram em linha de conta o custo de eventuais opcionais ou acessórios extras, tendo sido feita a valorização das versões apenas com os equipamentos de série que as mesmas incluem.

Por fim, os preços indicados são referentes ao mês de Agosto de 2015.