No estudo da TecAlliance para a Fleet Magazine calculamos o TCO de alguns modelos procurados pelas empresas
Sem grande surpresa, a carrinha que apresenta o custo por quilómetro mais baixo deste estudo a 48 meses/120 mil quilómetros, é a Peugeot 308 SW com motor 1.6 BlueHDi de 120 cv.
E a expressão “sem surpresa” encontra justificação quando se olha para cada um dos parâmetros analisados: preço competitivo, desvalorização em linha com a média dos modelos analisados, o motor mais eficiente da categoria e a importância de dispor de jante 15”, um pormenor importante e muitas vezes esquecido no momento da decisão, em prol da melhor aparência do conjunto.
Com influência muito concreta no apuramento de rendas que incluam o serviço “pneus ilimitados”.
Este trabalho evidencia também o que algumas marcas podem e devem fazer para tornar as suas propostas mais competitivas para as empresas, nomeadamente no que toca a preços e ajustamento do equipamento (com reflexos sobre o valor residual) e, sobretudo, custos das manutenções. Quer ajustando o valor das peças como dos custos dos serviços.
Incluiu-se propositadamente uma opção fora do cabaz habitual de propostas: a carrinha Kia Ceed, cujo TCO é fortemente influenciado pelos consumos, mas também pelo valor residual mais baixo do conjunto.
Algo em que que o importador português tem vindo a trabalhar, um trabalho que Pedro Gonçalves, diretor de vendas e marketing da Kia Portugal detalha nesta entrevista.
E as empresas? Para onde devem olhar?
Mais do que a renda, a simpatia ou o estatuto da marca, para um gestor deve importar o custo por quilómetro de um determinado modelo.
Assim se descobre que o modelo com maior sucesso junto das empresas, o Volkswagen Golf Variant 1.6 TDI de 110 cv tem um custo por quilómetro superior ao Kia Ceed SW, por exemplo!
Ou seja, numa gestão racional da frota deve prevalecer o TCO sobre qualquer razão emocional, sobretudo porque o apuramento deste valor depende também muito dos custos com o combustível.
Que, naturalmente, são mais dilatados quanto maior for o período dos contratos de renting, com a agravante de serem também os mais imprevisíveis, uma vez que o seu preço depende de fatores variáveis (preço do crude e/ou da refinação, fiscalidade…) e do tipo de condução praticada.
Neste campo, sem surpresa o motor 1.6 BlueHDi do grupo PSA leva clara vantagem sobre os restantes.
De resto, um estudo independente, efetuado à versão de 5 portas com este motor e pneu de 16’’, revelou um desvio de apenas 1,7 litros em relação ao consumo médio homologado.
Já a Opel, a segunda melhor da pesquisa e outra das marcas que revelou dados de consumos de alguns modelos seus em condições reais de condução, apresenta para a proposta incluída nesta análise um desvio superior a 2 litros.
Do cabaz analisado neste estudo, Peugeot e Opel são os únicos construtores a apresentar oficialmente este tipo de resultados.