Depois de um período de contenção, o parque automóvel da Tecnovia está a crescer, acompanhando a recuperação da empresa.

Entre 2012 e 2013, a frota da construtora diminuiu 25 a 30%. A razão é que, quase de um dia para o outro, a maioria das obras em que a empresa se encontrava envolvida parou e não apareceram novos projetos em Portugal.

A frota atual tem 150 viaturas ligeiras, 112 das quais são veículos comerciais. Em 2011 tinha 268

Obrigada a uma restruturação interna no número de colaboradores, foi necessário ajustar também a dimensão da frota do grupo. “Mas como também houve uma redução da categoria das viaturas, em termos percentuais, o controlo de custos foi maior”, explica João Frazão, diretor de produção e responsável pela gestão de equipamento da Tecnovia. “Em 2013 entregámos alguns veículos e negociámos a extensão do contrato daqueles em que era exequível fazê-lo”, acrescenta.

Mas a necessidade de substituir as unidades cujo contrato fora prolongado que levou a Tecnovia de novo ao mercado em 2014.

Entre as várias marcas que João Frazão sondou, uma foi a Kia. A razão é simples: na frota da empresa há um Sportage, já com alguns anos, que se tem revelado fiável. “O carro nunca deu problemas e é utilizado por muita gente. Quase sempre para aceder a uma obra mais difícil. Isso não nos influenciou mas chamou à atenção para a marca.”

Garantia pesou na escolha

tecnoviaPara esta renovação a Tecnovia optou por um leasing operacional.

“A experiência diz-nos que para esta tipologia de viaturas, com apenas um utilizador, é mais vantajoso ficar com a viatura no final do contrato”, explica.

No caderno de encargos constava o preço do carro, o consumo, a fiabilidade e a garantia da marca. Mas dado que a intenção é ficar com a viatura no final do contrato, o facto de a Kia proporcionar sete anos de garantia pesou na decisão.

25% da frota de ligeiros é própria. 61% está em AOV, 11% em leasing operacional e os restantes 3% em ALD

Para os 20 Kia Rio comerciais contratualizados nesta primeira fase, a Tecnovia escolheu a Leaseplan como parceira no negócio. É ela a financiadora e, enquanto vigorar o contrato de 48 meses, quem vai assegurar toda a sua manutenção.

“Com exceção de duas ou três, reparei que muitas marcas não estão preparadas para fazer planos de manutenção para este género de contratos”, revela João Frazão. Daí o recurso à Leaseplan: “Conseguem juntar o útil ao agradável, o financiamento com um contrato de manutenção”.

Mais soluções: N1 e AOV com usados

Na ligação estabelecida entre a Tecnovia e a Kia estão também três Cee’d de categoria N1.

Depois de analisar as contas que a marca automóvel lhe apresentou, a construtora viu grandes vantagens nesta solução. A economia anual foi calculada em 817 euros e, ao fim de 48 meses, terá poupado 3.268 euros por ter escolhido Cee’d N1, em vez de uma “normal” versão de passageiros.

Isto aconteceu antes de se saber das alterações que o orçamento de Estado para 2015 introduz em matéria de Tributação Autónoma para viaturas N1.

5 anos é a idade média do parque. Mas este valor vai descer, uma vez que há necessidade de novas aquisições

Na calha estão mais aquisições. A Tecnovia está num pico de trabalho e com necessidade de contratar mais pessoal. Por isso, este gestor da empresa admite que está a ter dificuldades em dispensar as viaturas que se encontram em final do contrato.

“Estamos a estudar soluções”, revela João Frazão. “Uma pode ser fazer um AOV mais curto, a 12 meses, com viaturas usadas”.

A possibilidade de se decidir por um veículo elétrico é nula: “o feedback que tenho não me deixa descansado. Por isso, não sinto ainda confiança para avançar. A opção GPL também está posta de lado: “somos uma empresa com muitas obras e o grosso das viaturas é a gasóleo. Como negociamos em quantidade, esta continua a ser a opção mais vantajosa para nós”.

As razões de ter optado por N1

tecnoviaExteriormente, o Cee´d 1.4 CRDI, de cinco portas e categoria N1 é igual a uma “normal” versão de passageiros.

As poucas diferenças estão no interior, a principal das quais ter apenas dois lugares traseiros. Mecanicamente desaparece o sistema ISG que engloba o sistema start/stop.

A primeira e grande vantagem para qualquer empresa é este Cee’d N1 ser, até 2014, considerado como um veículo de mercadorias. Sem obrigação da típica rede de separação atrás dos bancos dianteiros. Mas fiscalmente não o é totalmente: fica fora dos escalões atuais de tributação autónoma aplicados a um ligeiro de passageiros, mas o seu IVA não é dedutível, uma vez que dispõe de mais de três lugares.

É obrigado também a fazer a IPO a cada dois anos. A partir daí, anualmente.

Ao longo do tempo, o cliente empresa pode poupar no IUC, estabelecido com base na tabela C (CL). Por exemplo, enquanto N1, o Cee’d 1.4 CRDI paga anualmente 32 euros de IUC. Na versão de passageiros são 141 euros.