O importador da Toyota reuniu com as gestoras de frota e alguns clientes para dar a conhecer a sua estratégia para híbridos nas empresas e discutir as vantagens que existem para colocar estas viaturas no parque das empresas. A Fleet Magazine participou no evento como moderador da conversa.

Nos dois dias que decorreu o evento, no Vidago Palace Hotel, foram ainda convidados outros agentes de mercado para dar a sua visão sobre assuntos relacionados com este tema.

A Galp veio mostrar as tendências do setor e os cenários de evolução de consumos energéticos. Mas trouxe também as conclusões finais de um teste de três anos de viaturas híbridas plug-in feito na sua própria frota e em condições reais.

Dos mais de 130 mil km percorridos, conseguiram-se menos de 28% de energia que um híbrido convencional e menos 32% que o Diesel. As gestoras que estavam presentes neste primeiro dia ficaram ainda a saber que a Galp vai alargar os pontos de carregamento da sua rede, como prova de uma clara aposta na mobilidade sustentável.

O debate acabou por virar para o futuro dos tipos de propulsão dos automóveis. As gestoras admitiram que o esforço tem sido pouco, mas que estamos a viver a altura certa para colocar estes carros no mercado. Os maiores desafios serão, contudo, uma evolução tecnológica demasiado rápida que torna a tecnologia anterior obsoleta e a percepção de valores residuais desalinhados.

Sobre este tema, a Eurotax veio dizer que os valores residuais dos veículos híbridos estão afinal a crescer mais depressa que a média do mercado (mesmo dos veículos elétricos), sobretudo devido ao facto de já serem considerados uma tecnologia madura. Caso exemplar é o do CH-R, que subiu cerca de seis pontos percentuais em apenas três meses.

No dia seguinte, foi a vez dos gestores de frota das empresas. A Toyota conseguiu reunir um conjunto interessante de profissionais para debater a utilização de viaturas híbridas nas empresas. Da parte destes, a grande preocupação foi as rendas, reconhecendo ao mesmo tempo que os valores residuais não facilitavam a composição de preços nos valores desejáveis. Ainda assim, houve empresas já com Toyotas híbridos que falaram da sua experiência. E esta era normalmente positiva, sobretudo o feed-back dos utilizadores finais e os custos reais associados à sua utilização. Aliás, a marca já tinha apresentado, em ambos os dias, contas que demonstravam como a opção por um híbrido plug-in ficava mais barata 10 mil euros ao fim de uma utilização de 120 mil quilómetros.

Da parte da marca, ficou o compromisso de trabalhar em conjunto com as gestoras, a fim de conseguir as melhores condições a nível de custo para os seus clientes. E, da parte destes, o de que vão continuar a considerar estes carros como opções para as suas frotas.