A nova marca e o conceito criado em seu redor representam uma abordagem mais incisiva de conquista do mercado de comerciais ligeiros, rentabilizando o potencial da parceria estratégica estabelecida com o construtor líder deste segmento

A Toyota está nos comerciais há muitos anos – praticamente todos quantos o seu tempo de vida -, com produtos sólidos e bem aceites por profissionais.

Diversas circunstâncias – desinteresse em desenvolver motores próprios a gasóleo e modelos específicos para o mercado europeu, perante as rápidas mutações e aumento de exigências das autoridades ambientais europeias, afastou parcialmente o construtor deste segmento, apesar da presença forte que continua a ter a Hilux, pick-up líder da sua classe.

A necessidade de uma nova marca – Toyota Professional – deve-se à vontade de ter uma atuação mais incisiva junto deste mercado, justificada com o facto do aumento do comércio electrónico estar a revolucionar a logística urbana e o segmento dos comerciais, conferindo, por isso, um índice de crescimento bastante consistente para os VCL.

Uma logística urbana que está a passar por alterações importantes e vai continuar a conhecê-las ao longo dos próximos anos, com mais frotas eléctricas a abrirem caminho à provável automação da distribuição. E esse é um ambiente para o qual a Toyota tem vindo a desenvolver tecnologia própria, daí a conveniência de assumir desde já uma posição e conquistar quota de mercado.

Até porque não há melhor forma de acompanhar qualquer processo evolutivo do que fazer parte do seu ecossistema…

Na indústria e no comércio automóvel, a antecipação destas transformações e as crescentes pressões do comércio estão a pressionar os construtores para uma oferta de produto que seja de raiz a mais afinada possível para o destino final do veículo, uma maior especialização de quem vende (em termos de conhecimento, seja do produto à fiscalidade), uma maior profissionalização de quem assiste (dada a crescente complexidade da tecnologia envolvida) e uma maior agilidade de quem atende e encontra soluções para o cliente (elaboração de processos, horário oficinal, viatura de substituição…).

PME e os ENI são os alvos prioritários

Foi em redor de toda esta concepção de marca e de produto abrangente que a Toyota Europa criou a nova sigla “Toyota Professional”, criando uma série de regras que fazem parte de uma estratégia concisa e bem definida de conquista de clientes.

Estabeleceu como alvos principais as PME e os ENI, tão próximo o cliente/decisor seja o utilizador final da viatura.

Dependendo da dimensão da concessão, estão a ser criadas áreas específicas de exposição e venda dos modelos comerciais, distintas e bem identificadas, bem como equipas capazes de responder às dúvidas e necessidades destes clientes.

“A Toyota sempre teve um grande foco nos veículos comerciais e os produtos da marca são reconhecidos mundialmente pela sua qualidade, durabilidade e fiabilidade. Mas também da qualidade da assistência pós-venda.

A nova estratégia Toyota Professional pretende ser mais do que um nova marca para as empresas, é um compromisso de parceria da Toyota para com os clientes”, concretiza Victor Marques, diretor de comunicação da Toyota Portugal

Ao definir-se como a retaguarda das exigências (de mobilidade) dos utilizadores das suas viaturas, a marca compromete-se a acompanhá-los e a estar atenta às necessidades, respondendo com uma oferta de serviços dedicados e personalizados.

Uma relação de proximidade com o cliente que, deseja o construtor, possa servir de chave para a Toyota abrir mais portas neste competitivo mercado.

A oferta e as transformações possíveis

Já com o Proace no mercado (derivativo do Expert/Jumpy), a Toyota prepara-se para receber, durante o primeiro semestre de 2020, o Proace City, um comercial mais ligeiro do que o primeiro, baseado no Berlingo/Partner.

Um e outro com a possibilidade de poderem dispor de soluções 100% elétricas, para acompanhar as necessidades profissionais de quem têm de trabalhar em algumas cidades europeias com restrições à circulação de viaturas com emissões de CO2.

A partilha de sinergias é uma prática antiga na indústria automóvel e, sem produto próprio nestas duas categorias de comerciais ligeiros com maior tendência de crescimento, a Toyota aposta em rentabilizar o potencial dos modelos construídos pelo grupo líder europeu deste mercado.

Neste sentido, com base no Proace (a partir de 26.051 euros), as duas configurações de carroçaria (caixa fechada ou chassis cabine, com três, seis, oito ou nove lugares) e cinco capacidades de carga (de 3,2 a 6,6 toneladas) motorizadas pelos blocos 1.5 D e 2.0 D podem dar lugar a versões transformadas para:

  • Transporte de Medicamentos;
  • Transporte de Alimentos;
  • Caixa Frigorífica;
  • Transporte de Crianças (com base na Proace Verso)
  • Transporte de Doentes Não Urgentes (VDTD)

Para uma oferta “chave na mão” do modelo à dimensão do negócio do cliente, explica Victor Marques, “a Toyota Portugal trabalha com vários fornecedores que desenvolvem as transformações, entre as quais a Lusiletra (empresa do Grupo Salvador Caetano) e a AutoRibeiro”.

Os profissionais podem também contar com o apoio dos serviços financeiros cativos da Toyota e com um argumento de vendas importante: 7 anos de garantia idênticos aos que a marca oferece na gama de passageiros.