venda carros portugalA FLEET MAGAZINE publicou na edição de Setembro de 2015 um extenso dossier com a avaliação de dados de venda, financiamento e métodos de aquisição mais utilizados, em Portugal, para a compra de carros novos e usados

Uma primeira dimensão do crescimento do mercado nos primeiros 6 meses do ano está no número total de pedidos de registos online de automóveis, novos e usados, superior a 603 mil veículos, sensivelmente mais 16% que o valor atingido durante o mesmo período de 2014.

Para clientes particulares, o montante do financiamento declarado para a compra de veículos ultrapassou os 810 mil milhões de euros

Deste valor, 114.938 deram lugar a novas matrículas de viaturas ligeiras.

Os valores já realizados e a projeção dos resultados obtidos permitem concluir que o mercado automóvel português, no final de 2015, alcance ou fique bastante próximo dos totais de 2011, superando largamente um milhão e duzentos mil registos de novos e usados

No que respeita aos veículos novos (passageiros e comerciais, a ARAC reivindica a responsabilidade por 24% das aquisições de novos veículos. O crescimento da atividade turística em Portugal está a ser o principal responsável pelo aumento das aquisições por parte das empresas de rent-a-car, sendo que, no que respeita apenas ao segmento dos ligeiros de passageiros, Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor, eleva a fasquia para 27% do total de vendas.

Já os dados revelados pela ALF, Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting, mostram que o total de viaturas matriculadas pelas empresas de renting durante o 1.º semestre foi de 12.403, englobando versões de passageiros e comerciais.

Numa entrevista publicada na mesma edição, Paulo Pinheiro, presidente da ALF reivindica um crescimento de 48% da atividade do leasing e um incremento de 21% do renting durante o período em análise.

 

Crédito automóvel em Portugal

 

hyundaisantogalA causa principal para este expressivo crescimento do comércio deve-se ao regresso do crédito, também para empresas, mas sobretudo para clientes particulares.

Um acesso mais fácil ao financiamento da compra, taxas de juro mais baixas e campanhas bastante agressivas das marcas automóveis e dos vendedores de viaturas usadas (incluindo mensalidades bastante reduzidas) estão a fazer os portugueses adquirem ou trocarem mais vezes de carro.

Dados relativos à evolução do crédito para particulares, ao longo do 1.º semestre de 2015, e o destino que é dado ao dinheiro confirmam-no: neste período, o montante do financiamento declarado para a compra de veículos ultrapassou os 810 mil milhões de euros, superando os mais de 569 mil milhões registados em igual período de 2014.

Ou seja, um aumento do montante financiado da ordem dos 42,4%!

E este crescimento reflete apenas as operações de crédito automóvel destinadas à aquisição de veículos por pessoas singulares que atuem fora do âmbito da sua atividade comercial ou profissional, excluindo todos os financiamentos destinadas à aquisição de veículos por empresas.

As conclusões anteriores, baseadas em tabelas publicadas na íntegra na edição de setembro da FLEET MAGAZINE, respeitam apenas aos montantes contratados com fim declarado. Fora desta equação ficam parte dos valores respeitantes ao crédito pessoal não declarado, superior a 1.057 mil milhões de euros.

“Correspondem a situações em que a instituição financia a compra do veículo optando por garantias pessoais, como o aval ou a fiança, ou sem garantias são classificados na categoria ‘outros’”, esclarece o responsável do Banco de Portugal responsável pela compilação dos dados.

Nem o recurso, menos expressivo, ao uso de cartões de crédito.

Porque se assim fosse, a verba movimentada para o financiamento particular de viaturas novas ou usadas em Portugal assumiria um peso muito mais significativo na atividade económica do país.