À medida que o número de vendas de viaturas novas vai estabilizando, os novos contratos de leasing e renting vão sendo cada vez menos. Dados que comparam o primeiro trimestre do ano com o seu homólogo mostram que enquanto o mercado de ligeiro de passageiros começa a recuperar, a produção de novos contratos em renting e leasing está a cair cerca de 18 por cento.
O leasing e o renting “vendem” menos, mas aparentemente caem mais que o mercado. O peso destes modelos de financiamento no total das aquisições de automóveis caiu do primeiro trimestre de 2012 para o deste ano, mostrando que a quebra de resultados terá mais algumas justificações que apenas a falta de compradores de automóveis
A recuperação do mercado pode ser explicada por vários factores. Este pode ser o momento em que as vendas começam a subir. No entanto, recorda a ACAP, a associação que compila estes dados, este é um valor 32,5 por cento mais baixo em relação à média dos meses de Março no período 2009-2012.
De qualquer forma, há marcas que estão a aproveitar o momento. Já com dados de Abril, a Dacia está com mais 48% unidades vendidas, a Mercedes-Benz cresceu 30 por cento, em relação ao período homólogo, a BMW 21% e a Opel 10%, apenas para falar nas marcas com melhores resultados entre as vinte mais vendidas. Por outro lado, a Ford, que é a décima marca mais vendida, tem uma queda de 26,5%. Mas é a Kia, com 36,5% de quebra de vendas, e a Smart com 30,6% que tiveram os piores resultados deste primeiro trimestre.
O renting e o leasing, modelos de aquisição normalmente só utilizados por empresas, é que estão a perder terreno para outros tipos de compra. Do primeiro trimestre do ano passado para este que passou agora, o renting passou a ser responsável por apenas 13,5% dos carros que eram vendidos, quando anteriormente tinha um peso de 16,5 por cento. Mesmo o leasing, com um peso maior, passa de 20,6% das compras em 2012 para 16,9% em 2013.
No parque em gestão, também há quedas. No renting, estas cifram-se pelos 12% em relação a igual período do ano anterior, contando com 95 mil unidades a circular em renting neste momento. Já no leasing, apenas com valores aproximados, há uma perda de dez mil viaturas, embora se tenha que considerar que a proporção é muito maior. De acordo com as contas da ALF, há neste momento em Portugal cerca de 180 mil veículos geridos em leasing.