No penúltimo mês do ano, as vendas de usados online caíram 3,8% a nível europeu.
Mas embora se tenham verificado quebras na procura por usados, uma categoria de veículos contrariou essa tendência.
Falamos dos veículos elétricos a bateria (BEV ou 100% elétricos), cujas vendas aumentaram 122%!
https://fleetmagazine.pt/2021/12/10/credito-automovel-usados-2022/
O Observatório INDICATA reuniu, na sua mais recente edição, alguns dos principais indicadores do mercado europeu de usados:
- Vendas de carros diesel (no canal B2C) quase planas em comparação com outubro – apenas 1% mais baixas do que em novembro de 2020;
- Carros diesel continuam a ser os mais rápidos a vender – rotação de stock de 8,9x;
- BEV são a nova tendência dos mercados, com a procura dos consumidores a coincidir agora com a oferta;
- Os BEV já vendem mais rapidamente que os híbridos;
- No canal de usados online B2C com menos de quatro anos, os clientes passaram a preferir híbridos e BEV em detrimento de carros com motores a combustão interna;
- O Toyota Prius + foi o híbrido de venda mais rápida e a venda mais rápida de todas as motorizações em novembro;
- O ŠKODA Enyaq iV foi o BEV usado mais vendido em novembro – ultrapassando mesmo o campeão de vendas de elétricos Tesla Model 3.
O caso português
Houve uma queda de 5,0% nas vendas de usados online em novembro em comparação com outubro.
Olhando para o mesmo período de 2020, o recuo foi de 5,4%.
Considerando o acumulado, as vendas estão 11,2% acima dos primeiros onze meses de 2020 e 16,1% acima do período homólogo de 2019.
Os níveis de stocks de usados online B2C em Portugal desceram, no início de dezembro, 7,6% em relação a um mês antes – a quebra é ainda mais acentuada quando comparada com o mesmo período do ano passado (-32,4%).
Também em Portugal os BEV registam um desempenho digno de nota no canal de usados.
As vendas de BEV usados aumentaram 95% entre novembro de 2020 e novembro de 2021, tendo a rotação de stocks aumentado 117%.
Estes números fazem dos BEV o grupo motopropulsor de venda mais rápida em média, uma vez que se assiste, atualmente, a uma procura que excede a oferta.