vitor martins peugeotVítor Martins é o novo rosto do marketing da Peugeot em Portugal. Há 15 anos a trabalhar na marca nas mais diversas áreas de atividade, o novo responsável pelo marketing da Peugeot em Portugal assume que a estratégia comercial assenta na continuidade do trabalho até aqui efectuado e que conduziu o fabricante francês aos primeiros lugares da tabela de vendas no nosso país.

“Todas as marcas vivem ciclos e, felizmente, nestes últimos anos temos conseguido manter a marca num ciclo positivo. É nosso desejo prosseguir, apoiados numa gama e numa estratégia de comunicação positiva”, explica Vítor Martins.

Na entrevista que concedeu à Fleet Magazine e que está publicada na íntegra na edição de Junho de 2015, fala também sobre a estratégia da marca para 2015 e de como o renovado Peugeot 208 vai ajudar a marca a consolidar a sua posição nos primeiros lugares da tabela de vendas em Portugal.

O novo diretor de marketing da Peugeot Portugal revelou também que as perspetivas da marca apontam para um mercado de 215 mil novas viaturas em 2015.

As razões, segundo Vítor Martins, devem-se à continuidade da procura profissional, mas também ao crescimento das matrículas táticas que, de acordo com as suas projeções, deverão significar 22% das vendas.

“No início do ano, as perspectivas apontavam para um crescimento de 10% do mercado face aos cerca de 168 mil veículos vendidos em 2014. Mas há sinais que indicam que poderemos chegar aos 215 mil novos veículos em 2015. Estamos a assistir a uma recuperação do canal empresas, muito afectado nos últimos anos pela crise, o que os levou a adiar a renovação das frotas. E ainda do canal de rent-a-car que cresce em proporção ao mercado, mas também ao aumento do mercado de matriculas tácticas, no qual insistimos em não estar presentes”.

Tencionam alterar essa estratégia?

Muito provavelmente não. É política da marca a premissa de valor seguro, ou seja, a manutenção de um valor residual em níveis aceitáveis e consistentes.

Estamos a assistir a um movimento das marcas premium a entrarem em segmentos onde não estavam naturalmente presentes. Agora até com projectos para o segmento B e crossovers. Possivelmente, para justificar essas apostas, têm necessidade de ganhar dimensão, massa crítica em termos de volume. Talvez daí esta agressividade comercial.

Há novos planos para as vendas a frotas, para cativar clientes/empresa?

O departamento B2B vai convidar formalmente os nossos parceiros, os clientes da marca, para testarem os nossos produtos. Vamos disponibilizar viaturas para ensaio não apenas aos decisores das empresas, mas também para uso dos colaboradores, para que as possam testar nas condições habituais de utilização.

Isto vai permitir-nos divulgar a nossa gama mas também ajudar-nos a manter sistematicamente enquadrados com a concorrência através do feedback que formos recebendo.

vitor martins peugeotConcretamente em relação ao 208. Qual será a estratégia?

No caso do 208 estamos a falar de um segmento que a nível nacional vale 40%, sensivelmente o mesmo que representa para as nossas vendas. Temos condições para explorar todos os territórios com uma gama bastante abrangente, que se estende até às versões premium GT e GT Line, mais bem equipadas, que exploram o “glamour” e a qualidade de construção. Complementada pela versão GTi que apela a uma emoção mais desportiva.

Mas como vão gerir o desaparecimento do motor 1.4 HDi?

É um desafio que vamos procurar responder de duas formas: apoiados nas novas motorizações desenvolvidas pela marca (BlueHdi e Puretech) que atingiram recordes de performance, apelando aos baixos consumos e planos de manutenção com valores ainda mais competitivos, factores importantes para determinar o TCO de um veículo.

Outra abordagem ainda tem a ver com o gradual desaparecimento do gasóleo. Neste campo, a Peugeot está muito bem posicionada com a motorização 1.2 VTi a gasolina. Estamos a fazer um trabalho de sensibilização para ir mudando mentalidades, apesar de termos noção de que uma inversão de tendências só deverá acontecer daqui a algum tempo.

Quanto vale a gama 208?

Até ao final de 2015 a Peugeot acredita que o 208 (passageiros e van) e o 2008 atinjam o mesmo valor percentual obtido em 2014, cerca 40% do volume da marca.

A referência ao Peugeot 2008 deve-se ao facto de, com as versões mais bem equipadas deste crossover, estarmos a conseguir cativar quadros de empresas balizados pelos escalões de tributação autónoma. Pelo que, até ao final do ano, o Peugeot 2008 vai receber o conjunto de melhoramentos tecnológicos e mecânicos introduzidos no 208.