Com apenas algumas viaturas em aluguer operacional, que entraram depois de uma pesquisa de mercado, a Vodafone é um dos poucos frotistas que ainda faz aquisições em financiamento próprio.
Adquiridas pela área de Compras da empresa, as cerca de 600 viaturas são geridas por uma equipa de dois colaboradores, inseridos na área de Gestão de Facilities, que se encarregam das funções relacionadas com todas as viaturas da empresa a partir do momento em que são entregues à Vodafone.
A política de gestão de frota da Vodafone Portugal está definida de acordo com as necessidades das atividades a desenvolver pelas diferentes funções e áreas da empresa.
Assim, é possível dividir a frota em dois grandes grupos, de acordo com o tipo de utilização das viaturas. Existem as viaturas de serviço, onde se inserem também as viaturas atribuídas à força de vendas da empresa e as de manutenção e pool, principalmente adstritas às áreas técnicas (Engenharia).
São as viaturas de serviço aquelas que mais peso têm na frota da Vodafone. Dois terços do parque desta empresa são carros desta categoria, enquanto as restantes estão adstritas a funções de manutenção e pool. A Vodafone não prevê que este número se altere nos próximos anos. Mas admite que uma boa gestão de frota tem diversos e significativos impactos nos negócios das empresas.
No caso, o operador de telecomunicações quer garantir a operacionalidade e disponibilidade dos seus recursos, sobretudo na garantia de que as deslocações e as intervenções dos seus colaboradores são feitas a tempo. E isto tanto junto dos clientes, como nos equipamentos da rede, para que se possa prestar um serviço de excelência aos clientes da Vodafone.
Por outro lado, a empresa quer também garantir a segurança das viaturas, dos colaboradores e de terceiros, sempre que as viaturas são utilizadas nas diversas atividades para que são solicitadas.
Ao mesmo tempo, a Vodafone quer manter um controlo eficiente dos custos com a frota, tanto em termos de manutenção e reparações como da sua utilização, de modo a conseguir uma racionalização dos custos operacionais.
Num negócio como o das telecomunicações, as maiores exigências da frota têm a ver com a utilização das viaturas. Luís Amorim Ferreira, responsável de frota da empresa, diz que a diferença está se é em utilização pessoal ou de manutenção. “No entanto”, acrescenta,” globalmente e dentro das regras internas que definem o tipo de viatura e o plafond de valor para cada situação, as principais exigências são na qualidade, fiabilidade, segurança, assistência técnica, imagem e preço”.
O fato de haver um bom número de viaturas adstritas ao colaborador faz com que exista uma dispersão nos modelos e marcas escolhidas. “O ideal seria que uma frota se concentrasse num reduzido número de marcas e modelos, de modo a conseguir obter sinergias de custos ao nível da sua gestão”, diz o gestor. “No entanto, considerando que uma parte significativa da frota da Vodafone diz respeito a viaturas de serviço e que as regras da empresa permitem a escolha da marca e modelo (dentro de limites definidos) por parte do colaborador, tal concentração não se torna viável”.
Mas nas viaturas de manutenção, a concentração de marcas já é possível. Em conjunto com a área de compras, a área de gestão de frota define periodicamente quais os tipos de viaturas a utilizar para os diversos serviços necessários (viaturas comerciais, todo-o-terreno, etc.) e durante esse período apenas são adquiridas as marcas e modelos selecionados.
É dentro deste esquema que a Vodafone tem vindo a adquirir os seus veículos de propulsões alternativas. O operador de telecomunicações tem perto de uma centena de viaturas híbridas e também um Smart e um Chevrolet Volt elétricos que se destinam a ser conduzidos por vários utilizadores em circuitos de cidade.
“A razão primordial para a escolha dos veículos com propulsões alternativas prende-se com questões ambientais. A responsabilidade corporativa e a inovação tecnológica em matéria ambiental são pilares em que a Vodafone sustenta a sua atividade e algo que a empresa procura refletir também nas escolhas para a sua frota automóvel”
Luís Amorim Ferreira
As preocupações em matéria ambiental não ficam por aqui. No âmbito do seu Sistema de Gestão Ambiental, a empresa procura aumentar a sensibilização dos seus colaboradores e do público em geral para a melhoria do comportamento ambiental. E, dessa forma, desenvolve e implementa um conjunto de programas de ação em que a temática da condução eficiente (com vista à redução do consumo de combustível e as emissões de CO2) não é esquecida.
Por outro lado, no ano fiscal de 2010 (Abril de 2010 a Março de 2011) fez-se uma auditoria energética à frota que tinha por objetivo reduzir as emissões diretas de CO2 decorrentes do consumo de combustível das viaturas. “Desta iniciativa resultou um plano de melhoria com um conjunto de ações calendarizadas, entre as quais se destaca a instalação nas viaturas de um sistema de gestão de frota”, diz XXX. Além disso, acrescenta o gestor de frota, criou-se um incentivo monetário para a aquisição de viaturas híbridas, que combinem o consumo de combustíveis de origem fóssil com energia elétrica.
O resultado? De Abril de 2011 a Março deste ano, as emissões de CO2 decorrentes do consumo de combustíveis (gasóleo e gasolina) da frota automóvel registaram um decréscimo de 7,5% face ao ano fiscal anterior.