A Volkswagen Financial Services está, desde o início do ano, a fazer o renting das marcas do grupo alemão. Convém lembrar quais são, pela importância que pelo menos duas delas têm neste mercado: Volkswagen, Audi, Skoda e Seat.
Uma das campanhas das que estão previstas até ao final do ano já tem estado na rua, embora a grande novidade passe despercebida. São anúncios da Seat Leon ST, já com a indicação da mensalidade de renting. E é um valor abaixo das campanhas que já existiram, tanto do lado das gestoras como da própria marca (existe agora outra campanha, para o Volkswagen Passat). Essa cotação já é proposta por um novo operador.
Até aqui, todas as marcas do grupo já propunham outros produtos, desde leasing ou crédito a seguros. Faltava o renting, onde pelo menos a Volkswagen e a Audi têm uma posição bastante forte. O Volkswagen Golf é mesmo a viatura mais vendida pelas gestoras de frota, de acordo com dados compilados pela FLEET MAGAZINE.
O produto vai ser vendido com a chancela de cada marca. Aparecem assim, por exemplo, a Audi Financial Services ou a Skoda Financial Services, com a assinatura “Financiamento. Renting. Seguros. Mobilidade.*”. Mas este renting não traz apenas a marca, traz também os serviços da marca.
“Para nós é ponto de honra ter os serviços na nossa rede de concessionários. E isto inclui serviços como colisão ou a troca de pneus, que são habitualmente entregues a outros fornecedores”, diz Miguel Ribeiro.
Serviços obrigatoriamente incluídos
A espinha dorsal do produto, como diz o próprio, faz obrigatoriamente parte dos contratos. Manutenção, IUC, IPO, apoio ao condutor e seguro de avarias estão obrigatoriamente incluídos. O cliente pode prescindir dos pneus, seguros e da viatura de substituição, se assim o desejar.
O próprio tratamento dos seguros mostra até que ponto esta nova gestora de frota está apostada em criar as melhores condições para o cliente. Enquanto nos restantes produtos de financiamento do VW Bank, a seguradora é só uma, nas propostas de renting o seguro é escolhido de entre três fornecedores.
O cliente-alvo do canal directo vão ser as grandes e médias frotas, em geral acima de 50 unidades. Há ainda que contar neste canal com os acordos internacionais – cuja quantidade foi uma surpresa para Miguel Ribeiro – e noutro segmento os concessionários, PME e particulares.
“Nos concursos [para aquisição de viaturas] interessam as marcas, a solidez e as pessoas. E nós apostámos muito nas pessoas”, diz o diretor de negócio. O apoio aos concessionários também vai ser importante. O Volkswagen Bank já financia cerca de 30% das vendas da rede. O renting vai ser mais uma solução que os clientes terão disponível. Por outro lado, os concessionários vão ter mais acompanhamento.
“Há concessionários que estão a fazer negócios de 80 viaturas. Agora ficam mais seguros em ter uma proposta integrada”, explica. Já tem havido pedidos dos concessionários para fazer acompanhamento a estes clientes maiores. Para fazer frente a esta necessidade, existe uma área a que chama de fleet support, para ajudar a desenvolver o princing nas propostas.
A expectativa do Volkswagen Bank com este produto é ter uma penetração nas suas marcas superior à média do mercado, um indicador percentual que é corrente no grupo. Miguel Ribeiro aponta para, daqui a quatro anos, 20 por cento (o renting, de acordo com a ALF, é 16% do total de vendas de automóveis).
O caminho já está preparado. “Fomos buscar os melhores serviços e as melhores pessoas do mercado, porque sabemos que temos as melhores marcas e as melhores condições financeiras”, diz.
O facto de entrar com apenas as marcas do grupo não deverá ser um entrave, dado que as empresas estão cada vez mais a apostar em conceitos monomarca, explica Miguel Ribeiro. “Os próprios concursos que têm sido lançados, e que são muitos, têm-nos mostrado isso. Além disso, estamos a falar das marcas que têm entrado melhor neste mercado”, diz.
E, se for necessário, a Volkswagen Bank pode também financiar viaturas de outra marca, desde que englobadas numa oferta que já contenha marcas do grupo.
