Na compra de um telemóvel leva um automóvel ou na compra de um automóvel tem direito a um telemóvel?

Tanto faz. Por 199 euros/mês, com direito ainda a 100 euros em combustível, este produto da Worten tem a chancela da ALD Automotive, a quem cabe a responsabilidade pela gestão do Fiat 500 1.2 Lounge no que toca aos serviços normalmente associados a uma solução renting.

Por 18 meses e até 22.500 kms, excepto o Samsung Galaxy S8 que é do aderente à campanha no final da mesma.

Esta é mais uma iniciativa completamente dirigida ao cliente particular, através de um canal de retalho. Não é a primeira da ALD – veja-se a que existe com a Norauto – e uma campanha similar foi recentemente levada a cabo por outra gestora com a FNAC.

Esta opção de crescer junto de um tipo de consumidor para quem o renting não foi inicialmente dirigido e que, na generalidade, desconhece as suas vantagens comporta alguns riscos, como reconheceu o próprio diretor-geral da ALD Automotive em Portugal, Manuel de Sousa, na entrevista que concedeu em 2016 à Fleet Magazine.

A campanha é válida até 15 de abril de 2018 e inclui apenas manutenção, seguro e gestão de sinistros.

Renting cresceu e cada vez mais particulares e ENI aderem à solução

A solução de financiamento cresceu em 2017, é um facto, mas os 2,8% de aumento de frota ficaram aquém do próprio crescimento oficial do mercado automóvel.

A redução do volume das grandes frotas e condições financeiras favoráveis que facilitam o acesso ao crédito, estão a levar algumas empresas a optarem pela aquisição directa de veículos, externalizando os serviços que decorrem da utilização dos veículos.

Prova disso mesmo foi a contração registada no segmento dos comerciais, o tipo de viatura com carácter mais profissional.

Dois fatores estão ainda a contribuir para esta realidade: há cada vez mais marcas automóveis a oferecerem planos de manutenção dilatados no tempo – associados ou não a extensões de garantia – e o mercado de veículos usados está bastante dinâmico, o que facilita o escoamento de unidades sem as habituais contrariedades do recondicionamento das mesmas.

Neste panorama e face ao crescente número de empresários em nome individual, tanto ENI como particulares ganharam relevo para as gestoras. Mas também para as próprias marcas automóveis, ao facilitar o método de comunicação face às novas regras da publicidade; é que é mais simples e rápido anunciar o custo de um serviço (renting) do que um financiamento, já que tal obriga à exaustiva descrição das taxas de juro associadas e demais condições.

Além de tornar a comunicação definitivamente mais impactante e apelativa.

O resto são letras pequeninas que, como qualquer contrato, convém ler antes de assinar.