Mais do que uma preocupação aritmética dos custos, a Acústica Médica está atenta ao conforto que os carros oferecem aos seus colaboradores. Mesmo assim, quando compra, gosta de garantir o melhor preço

Parte significativa da frota operacional da Acústica Médica é formada por utilitários ligeiros usados pela equipa comercial que percorre Portugal Continental e, mais recentemente, também a Ilha da Madeira.

Há também algumas unidades de passageiros entregues aos colaboradores mais produtivos, num sistema de competição interna que premeia os 15 melhores. Fora estes, a restante frota, onde os mais representativos são Renault, BMW e Mercedes, distribui-se entre quadros intermédios e superiores.

Em contraciclo com a realidade económica mais recente, a equipa comercial da empresa tem vindo a aumentar nos últimos anos. Por isso, o parque automóvel da empresa teve que crescer. E embora Alda Ferro, responsável pela gestão da frota da empresa, reconheça que “não olha apenas aos custos ‘puros e duros’ e que também está atenta ao conforto e à segurança de quem tem que guiar uma viatura muitos milhares de quilómetros por ano”, quando foi necessária a renovação dos comerciais atribuídos à equipa de vendas, procurou uma solução economicamente mais vantajosa.

A resposta chegou do outro lado da rua.

Com escritórios próximos, ao saber que a Acústica Médica precisava de renovar parte importante da sua frota, a Kia apresentou e deu para testar os seus modelos Rio e Cee’d. Alda Ferro reconhece ter sentido alguma desconfiança no início: “o preconceito era baseado no desconhecimento. Na realidade não podemos avaliar corretamente aquilo que não conhecemos e não tinha ideia de que os carros da Kia fossem tão dinâmicos e confortáveis. Não houve nada que pudesse apontar de negativo que os distinguisse das outras propostas. A proximidade e as garantias que a marca nos deu convenceram-nos”.

Uma nova realidade

112 Veículos ligeiros formam a frota da Acústica Médica. 55 são comerciais ligeiros (49%)

Se a escolha da marca e do modelo acabou por se revelar relativamente simples, as negociações com a gestora de frota demoraram alguns meses, tendo passado pelas fases habituais neste tipo de processo.

“O peso e a dimensão da nossa frota acabaram por pesar nas negociações. Iniciámos o processo em Fevereiro e concluímos o acordo em Outubro”, revelou Alda Ferro.

“Enquanto clientes, a redução de custos é uma das nossas preocupações constantes. A busca incessante de novas alternativas e a negociação detalhada de todas as condições são consequências desta nossa preocupação. A racionalidade económica está sempre presente. É assim com a frota automóvel, tal como é com qualquer outro fornecedor. Se assim não fosse, desperdiçaríamos muito dinheiro.”

Nas aquisições, a Acústica Médica opta sempre pelo AOV. “Parece-nos a opção mais favorável”, explica. Habitualmente contratos de 36 meses e 180 mil quilómetros para os comerciais, “e não estamos sempre à espera que a gestora nos diga o que fazer. Vamos ajustando os contratos à medida das necessidades dos utilizadores. Num grupo tão heterogéneo, invariavelmente há vários tipos de condutores e de condução. Não há quem faça mais serra, mais estrada ou só cidade.”

Este controlo interno, que a responsável da Acústica Médica reconhece que ainda não a satisfaz por completo, tem um único propósito: garantir a permanente mobilidade da equipa, mantendo a frota sempre operacional e com um mínimo de desvios e incidentes.

Apesar da preocupação com a redução dos custos operacionais, Alda Ferro admite que, em determinadas situações, foge de um TCO mais tradicional. Porque o importante é motivar a sua equipa de vendas: “para nós, a viatura também pode ter uma componente de incentivo. E sendo incentivo até acabamos por fazer opções que se revelam mais onerosas à partida. Isto para motivar a equipa de vendas e para que os nossos comerciais se sintam recompensados pelo seu esforço”.

“Prêt-à-porter”

acustica medica73% da frota tem menos de um ano. Os outros 23% correspondem a modelos com 2 ou 3 anos

Salvo a exigência do alarme, os outros requisitos da frota de comerciais da Acústica Médica não são particularmente especiais: ar-condicionado e sistema mãos-livres, por razões de conforto, de segurança e de legalidade.

Há ainda uma outra particularidade: deixaram de comprar carros de cor branca porque este tom, num veículo comercial, chama mais a atenção e está normalmente associada ao transporte de bens/produtos. Torna-o assim um alvo mais apetecível em termos de furto ou roubo.

Todos os fatores são importantes para manter a máxima operacionalidade das viaturas: “a nossa equipa trabalha com uma agenda apertada e muito preenchida, e qualquer paragem não prevista, vai interferir com todo o planeamento de trabalho, causando fortes inconvenientes aos nossos clientes.”

Uma das coisas que mais satisfez a Acústica Médica foi a disponibilidade da Kia para “construir” um carro ajustado às suas necessidades. “A maioria das propostas está feita à medida do nosso mercado, com configurações-tipo às quais é difícil ou fica mais caro fugir”, admite Alda Ferro. “Até porque, depois do final do contrato, quando o carro vai para o mercado de usados, é mais fácil escoá-lo”.

Com a solução encontrada, a gestora da Acústica Médica admite vir a alcançar uma poupança de 10% nos custos. “Conseguimos adquirir viaturas mais bem equipadas e, apesar de no início termos algumas reservas quanto ao motor de apenas 1,1 litros, que nos parecia insuficiente, o feedback dos utilizadores está a ser muito positivo e os primeiros dados indicam que os consumos são melhores comparativamente com os modelos anteriores”.