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Que razões explicam o aumento da penetração da Peugeot no mercado português e qual o papel das empresas para esse crescimento?

O plano de produto da marca, a qualidade dos carros e dos serviços, bem como a performance da rede, são motivos que Vítor Martins, diretor de marketing da Peugeot Portugal, destaca para o trilho de sucesso da sigla francesa no nosso mercado.

Uma estratégia desenvolvida em várias fases que se foram articulando entre si, uma das quais a renovação de modelos de grande volume como o 208, o 308, e a Partner nos comerciais.

Estes modelos foram fundamentais ao trazerem resposta às novas tendências do mercado no domínio da segurança e da necessidade de uma maior conectividade do automóvel, mas também pela redução dos custos de utilização, com a integração de novas motorizações mais conscientes do ponto de vista ambiental.

Que razões explicam os mais de 10% de quota de mercado da Peugeot e a vice-liderança da tabela de vendas em Portugal?

As principais estão relacionadas com o plano de produto da marca, a qualidade dos nossos produtos e serviços e com a performance da nossa rede.

peugeot partner vclNo primeiro contamos com uma ofensiva que nos permitiu não só renovar os modelos de grande volume, como o 208, o 2008 ou o Partner do lado dos comerciais, como também lançar novos modelos em resposta às novas tendências do mercado do presente e no futuro.

Nestas tendências, a resposta aos segmentos emergentes, bem como ás necessidades tecnológicas de um cliente que procura estar permanentemente ligado ao meio exterior.

O domínio da segurança foi também uma área em desenvolvimento, tendo colocado à disposição vários sistemas de ajuda à condução ( ADAS ).

Todo este percurso foi acompanhado de uma profunda preocupação pela redução dos custos de utilização com o lançamento de novas motorizações, e por uma consciência ambiental, que tornou a marca líder na redução de emissões.

No respeitante à performance da nossa rede, a estratégia adoptada pela marca não se podia revelar mais acertada. Regionalmente bem implantada e constituída por verdadeiros parceiros, foi capaz de superar o período de crise, estando agora habilitada a responder com volumes, no momento em que o mercado se apresenta com indicadores mais favoráveis.

Este caminho foi acompanhado por um reforço da qualidade dos nossos produtos, que se traduzem em maior fiabilidade e robustez.

Este movimento tem sido amplamente reconhecido pelos nossos clientes, constatado pela subida dos resultados dos vários estudos desenvolvidos a nível nacional e culminado com a atribuição do prémio Escolha do consumidor em 2016, pelo terceiro ano consecutivo.

Que importância das vendas profissionais tiveram para este resultado?

As vendas a profissionais representam sensivelmente metade do global de vendas.

Que modelos são mais procurados por este canal?

Os modelos mais procurados são o 208, 308 e do lado dos VCL´s com o Partner.

vitor martins peugeot“No domínio das empresas, as nossas propostas assentam sobre o renting e o leasing com serviços”

Que soluções/serviços a Peugeot desenvolveu para conquistar mais clientes profissionais?

Dentro das várias soluções que desenvolvemos para responder ás expectativas dos clientes profissionais, estão a criação de uma rede “Peugeot Profissional” como garantia de um atendimento mais “personalizado” para os clientes empresa, bem como o desenvolvimento de soluções no domínio da gestão de frotas destinadas aos clientes que pretendem gerir as suas operações em tempo real, dispondo de indicações relativas dados de utilização veículo, localização, agendamento online, etc.

E com que novidades podemos contar, nomeadamente ao nível do financiamento?

Inaugurados pelo lançamento do novo 3008, a área do financiamento constituiu igualmente uma das matérias onde procurámos o desenvolvimento de soluções diferenciadoras no mercado. No domínio das empresas, as nossas propostas assentam sobre o renting e o leasing com serviços.

Como são constituídas e articulam-se as equipas de vendas a frotas?

A articulação é determinada pela dimensão do aparelho empresarial em Portugal, dispondo de uma estrutura para a abordagem aos Eni´s, pequenas e médias empresas, suportada na rede de Concessionários Peugeot.

Para as grandes empresas, a marca detém uma estrutura de vendas directas que se encarrega de efectuar a comercialização, o acompanhamento e a animação das equipas.

O grupo PSA está a investir em novas soluções de mobilidade. Que serviços já existem ou podemos contar nesta área em Portugal?

peugeot3008A marca quer afirmar-se como um actor de relevância no domínio da mobilidade. Para além de possuir uma gama de produtos que se estende das bicicletas e motorizadas aos veículos, encontra-se a explorar novas formas de locomoção.

Como exemplo o e-kick, uma trotineta de propulsão eléctrica, que acaba de ser lançado conjuntamente com o novo SUV 3008 e que pretende constituir mais uma solução de mobilidade para o cliente do futuro.

No domínio dos programas, acabámos de lançar o Peugeot Rent que neste sentido, pretende conferir um conjunto de soluções de mobilidade para o cliente que pretende deixar o seu veículo na manutenção regular ou que, simplesmente possui uma necessidade momentânea de um veículo com diferentes características para ir a um evento ou de férias.

Que perspectivas tem do comportamento do mercado português até ao final do ano?

A nossa visão é de que o mercado atinja os 15% de evolução comparativamente a 2015 e dentro deste, que o mercado das empresas sofra uma evolução que ronda os 12%.

“Queremos transmitir que o veículo que o cliente está adquirir hoje, continuará a ter valor amanhã, nomeadamente na qualidade de veículo usado”

Qual a importância do canal de usados e qual o trabalho que a Peugeot faz para manter os valores residuais dos modelos?

Os veículos usados assumem muita importância na exploração da marca Peugeot em Portugal. O trabalho que efectuamos em torno dos valores residuais, prende-se com uma das principais promessas que procuramos transmitir no momento de venda de um veículo novo Peugeot: o do “valor seguro”.

Traduzindo e de forma simplificada, queremos transmitir que o veículo que o cliente está adquirir hoje, continuará a ter valor amanhã, nomeadamente na qualidade de veículo usado.

Para isso, concorrem directamente as estratégias de subida em gama que a marca tem procurando desenvolver com sucesso, bem como na definição dos preços justos pelos veículos que lançamos e que estão consubstanciados pela estratégia do “Pricing Power” da marca.

Que impacto a proposta de Orçamento de Estado para 2017 pode ter no sector automóvel, nomeadamente para as viaturas elétricas?

O mercado de viaturas eléctricas continua a assinalar valores efectivamente residuais.

Neste sentido, se do lado dos clientes particulares as vendas são diminutas, do lado das empresas, as aquisições são maioritariamente efectuadas por entidades que querem firmar o seu compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente.

Perante o proposto no orçamento de estado do próximo ano e para além do óbvio aumento da carga fiscal, continuamos a sentir falta de medidas que acelerem a renovação do parque automóvel, que detém hoje uma idade média superior a 10 anos.

As regras ambientais europeias mais exigentes estão a encarecer cada vez mais a construção de motores a gasóleo. Que impacto isto pode vir a ter no mercado daqui a 3 ou 4 anos?

Procurando responder aos desafios apresentados pelas normas de anti-poluição, a marca estabeleceu-se como líder na redução de emissões, com destaque para o desenvolvimento de sistemas como o SCR – Selective Catalytic Reduction para as motorizações diesel ou para o desenvolvimento de novos motores a gasolina, que receberam a nomeação de motores do ano na sua classe.

Num sistema fiscal como o nosso, onde os valores das emissões impactam directamente o preço a pagar, a marca está particularmente bem posicionada para dar resposta às necessidades do mercado. Estas qualidades associadas ás reduções de consumo patrocinadas pela melhoria de performance dos nossos motores, resultam em TCO mais reduzidos.

Quanto ao futuro e numa época em que o principio do poluidor/pagador começa a ter mais peso e onde se vislumbram várias mudanças, entre as quais a possibilidade de virmos a ter preços do diesel mais próximos da gasolina, parece fazer sentido apostar-se em novas formas de propulsão para as empresas.

A Peugeot tem promovido a competitividade dos motores a gasolina para as empresas, em determinados segmentos. Quais as vantagens, nomeadamente em termos de TCO?

peugeot 208 1Efectivamente a aposta nas motorizações a gasolina tem sido evidente para a marca.

Sob este domínio, desenvolvemos de forma pioneira para o mercado Português um 208 Van a gasolina. Dispondo de performances muito próximas, a pré-assunção de que a utilização de um motor diesel é mais barato, não é obrigatoriamente verdade.

O comparativo de que dispomos e que circunscrevemos apenas à marca conclui, que o diferencial entre uma viatura a gasolina e diesel, perante os consumos anunciados e as isenções de impostos, demoraria em média 12 anos a ser compensado para tranches de deslocação de 20.000 km/ano.

Com o aumento dos kms percorridos durante o ano, este tempo diminui, valendo por isso a pena que cada empresa faça verdadeiramente a análise do seu caso particular.