A Toyota está nos comerciais há muito tempo – praticamente tantos quantos os seus anos de vida -, com produtos sólidos e bem aceites por profissionais. Actualmente já não tem a Dyna na Europa e produz só o Hilux para este mercado, complementando a oferta com parcerias, como é o caso do Proace fabricado pelo grupo PSA, acordo estendido com o Proace City, primo da Berlingo, Partner e Combo.
Foi para falar deste acordo e ainda da nova estratégia da marca para o segmento dos comerciais que a marca reuniu em Roma um grupo de jornalistas. Um evento que serviu para perceber como se vai articular a oferta da Toyota em relação ao Proace City, os trunfos deste modelo sobre a concorrência que o constrói e qual o consumidor tipo que pretende conquistar, numa categoria de veículo (furgão ligeiro) onde a marca japonesa nunca esteve presente.

Como pretende fazê-lo?

É preciso olhar esta realidade além de Portugal. Apesar de por cá muitas empresas ainda apostarem em ligeiros de passageiros com motor diesel por razões de fiscalidade, seja pela mesmíssima razão fiscal ou simplesmente porque o gasóleo foi banido por motivos de imagem ou outro, em muitos mercados europeus, os modelos híbridos assumem uma presença cada vez maior nas empresas. A mesma importância que a Toyota Portugal deseja assumir junto dos seus clientes, esgrimindo argumentos de fiabilidade e eficiência, atestados pelos 7 anos de garantia do carro, estendida a 10 anos para os sistemas híbridos.
Ora se isto se aplica aos ligeiros de passageiros, no segmento dos comerciais, a presença da marca é, por enquanto, mais reduzida do que as suas ambições; nas três categorias de comerciais que mais vendem – pequeno, médio e grande furgão – apenas está presente com o Proace, situação que, a partir de 2020, vai em parte ultrapassar com a chegada do Proace City.

O apoio e relação de proximidade com o cliente é uma promessa e parece ser também a chave para o sucesso em que a Toyota acredita para vingar neste competitivo mercado. Definindo-se como a retaguarda das necessidades (de mobilidade) dos utilizadores das suas viaturas, a marca pretende acompanhar e estar atenta a essas necessidades, complementando-as com uma oferta de serviços dedicados. E, ao compreendê-los e respondendo satisfatoriamente, perceber e estar bem conectada com uma mobilidade que roda numa direcção cada vez mais electrificada e que um dia estará totalmente automatizada.

Para já, podem contar com o apoio dos serviços financeiros cativos da Toyota e com um argumento de vendas importante: os mesmos 7 anos de garantia que a marca oferece para a gama de passageiros. E por falar em VLP, com a Proace City de passageiros a Toyota pode continuar a ter um carro familiar com motor a gasóleo, tão só o reconhecidamente eficiente propulsor PSA de 1,5 litros.
(*) O Yaris EcoBizz é uma criação portuguesa, por isso a Toyota Europa considera apenas os dois Proace e a pick-up Hilux.
