As carrinhas têm vindo a perder espaço para os SUV, mas é preciso não esquecer as limusines de três volumes.
O caso do A6 é emblemático, como prova esta última geração.
A nível de design, o novo A6 melhorou muito, como já tínhamos referido no artigo da sua apresentação.
O interior é substancialmente diferente em relação ao passado, eliminando quase todos os botões. Fica apenas o do volume do rádio, seleção dos modos de condução, ESP, ventilações e o triângulo. Todos os restantes comandos são digitais, mesmo os do volante, que parecem estar mais simplificados. A informação é apresentada em dois monitores distintos na consola central e outro no quadrante do conta-quilómetros. Tanta tecnologia deveria tornar o acesso às funções que se pretendem mais fácil, mas não é isso que acontece. O controlo da climatização, por exemplo, é mais imediato através de botões e dispositivos reais e causa, adicionalmente, menos distração.
A nível de construção, trata-se de um três volumes de qualidade excepcional, com zonas de oco muito difíceis de encontrar.
Além disso, o A6 é um carro bastante espaçoso e agradável de conduzir, com um chassis maravilhoso, que nada fica a dever a outras opções do mercado.
Este A6 está sempre pronto a reter todas as torções causadas facilmente pela potência de um motor com 204 cv e com uma caixa automática de sete velocidades, com melhorias substanciais em relação à anterior. A nível de dinâmica, não esquecer que é ajudado por um eixo traseiro direcional com controlo dinâmico de direção, que tem reflexos tanto no comportamento em velocidade sinuosa como nas manobras mais apertadas.
Nas assistências à condução, 39 sistemas diferentes equipam esta carrinha. Por outro lado, os modos de condução ajudam a ter alguma perspetiva do carro para o tipo de condução que se pretende, sendo que a distinção entre eles é bem visível. Quanto a consumos, conseguimos médias de 6,3l a cada 100 km ao longo de mais de mil quilómetros percorridos.
Com o seu enquadramento conservador na indústria automóvel, alimentado por posições como não ter motores abaixo do 2.0 neste segmento e no do A4 ou por só agora entrar na mobilidade elétrica, logo no segmento de luxo, a Audi aparece com o A6 como defensor dos automóveis como sempre gostámos deles: seguros, confortáveis e dinâmicos. E ainda, numa altura em que os SUV vão tomando o lugar das carrinhas, é preciso não esquecer esta configuração.
Impressões
A A6 Avant é a prova de que há certos atributos do sector automóvel que não podem ser esquecidos.
Embora se veja que a marca tenha tentado trazer alguma modernidade ao A6, seja pela digitalização dos interiores ou pela aproximação ao design do mítico Quattro nas cavas das rodas, a verdade é que os valores centrais de uma marca onde os clientes não querem muitas variações do que já conhecem continuam lá.
A grande novidade vem no desportivismo da condução. De facto, a nova A6 é mais rápida e com melhor resposta do que a anterior, sem deixar o conforto que sempre existiu neste modelo.
Ficha de Produto: Preço, rendas, consumo e motor
- Preço:
62.585 Euros*
- Rendas:
1.015,15 €/mês (36m)*
936,14 €/mês (48m)*
- Consumo médio e emissões:
4,3 l / 100Km /
146 gCO2/km*
- Dados do Motor:
4 / 1.968 cc (diesel)
204 / 3.750 cv/rpm
400 / 1.750 – 3.000 Nm/rpm
(*) Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms