A astara Intelligence publicou recentemente o relatório Tendências de Mobilidade 2023.
Nele, o departamento de consultoria da astara analisou mais de 25 tendências de mobilidade e acabou por partilhar com as empresas elementos-chave, estabelecendo um retrato daquilo que será a realidade do futuro no sector.
Sebastian Canadell, diretor da astara Intelligence, começa por dizer que o número de avanços a que assistimos desde 2015 é esmagador. “Por definição, o sector da mobilidade é transversal e afetado pelos hábitos de consumo e padrões de comportamento das pessoas”, diz Canadell, que acrescenta que a atenção dada à mobilidade nas cidades é fundamental para atrair novos talentos e investidores.
“A astara Intelligence pretende ajudar as empresas e as cidades a identificar e aproveitar as oportunidades disponíveis. As próximas décadas serão plenas de emoção”, conclui o responsável.
Do relatório podem retirar-se algumas conclusões:
Novas formas de encarar a mobilidade, cada vez mais presentes na realidade atual
Uma das tendências detetadas na análise que deu origem ao relatório da astara Intelligence foi a afirmação dos veículos elétricos de dois lugares (distribuídos pela astara em diversos mercados europeus com marcas como a Microlino e a Silence).
Esta tendência revela que há um interesse crescente noutros tipos de mobilidade urbana, mais eficientes e sustentáveis perante o crescimento das cidades.
A forma como utilizamos a mobilidade também mudou o modo como nos movimentamos, diz a astara. Exemplo da transversalidade da mobilidade é a expansão dos serviços de partilha, que abriram a porta ao mundo das diferentes opções de micromobilidade elétrica urbana (comerciais ligeiros, ciclomotores, bicicletas e trotinetes).
O aumento da procura por este tipo de soluções de mobilidade tem feito com que alguns utilizadores optem por subscrições mensais, o que, diz o relatório, tem acelerado a penetração da micromobilidade elétrica no mercado.
Utilização de robôs de última milha
Esta é uma tendência que, diz a astara, mais interesse despertou este ano.
Com diferentes programas-piloto atualmente em execução por grandes empresas, o potencial e as limitações desta tecnologia constam deste relatório.
Exemplos disso são os testes feitos por alguns construtores automóveis, que começam a utilizar robotáxis especializados em transportar objetos para a entrega de produtos alimentares, bebidas e serviços nos sectores da hospitalidade e catering.
Ainda assim, o relatório Tendências de Mobilidade 2023 diz que a febre dos robôs de última milha diminuiu nos últimos meses, isto após grandes empresas de logística e distribuição terem decidido abandonar os seus projetos muito devido à ineficiência e impossibilidade de cumprirem com as expectativas dos seus clientes.
Uma das explicações para este “desamor”, e que a astara Intelligence considera “evidente”, é o facto de a implementação destes robôs requerer mais do que apenas tecnologia inteligente. Essa implementação em ambientes urbanos “não é tão fácil quanto parece”, diz a astara no seu relatório, pelo que a empresa irá lançá-los em ambientes fechados, como campus universitários, grandes parques industriais ou ambientes suburbanos, sendo possível a expansão para cidades de pequena a média dimensão, onde terão um impacto positivo.
Em suma…
Este relatório da astara determina que as pessoas e as organizações têm de ter mecanismos proativos para observar as mudanças, saberem adaptar-se a elas e conseguir liderá-las.
“A flexibilidade e a eficiência são fundamentais para gerar modelos que aproveitem ao máximo os recursos e os ativos limitados que existem à sua disposição e lhes permitam ser sustentáveis e independentes”, conclui o relatório.