Na primeira parte da entrevista que deu à Fleet Magazine, Nuno Barbosa, diretor geral da VYGON Portugal, falou do início do processo de eletrificação da frota da empresa, que começou por criar a infraestrutura de carregamento, suportada por painéis solares, em parceria com a Helexia Portugal.

O responsável caracteriza a política de frota da empresa, bem como os projetos de aquisição de novas viaturas para o futuro.

Que razões motivaram a empresa a avançar para a eletrificação da frota?

A oferta existente no mercado. Naturalmente a possibilidade de redução nos custos com combustíveis, dada a existência de uma rede de carregamento mais alargada. E, claro, a redução da pegada ambiental da empresa.

Como planeiam a atribuição e distribuição das viaturas, nomeadamente por razões de autonomia e preocupações de carregamento?

Analisamos os quilómetros percorridos, analisámos também as rotinas diárias… Porque assim conseguimos sinalizar, de forma imediata, quais as prioridades, tendo sempre em conta as possibilidades de carregamento que existem.

Os utilizadores receberam algum tipo de formação/ sensibilização para a utilização destes veículos?

Sim, por parte dos fornecedores. A Arval, sobretudo, mas também dos concessionários onde foram adquiridas as viaturas.

De uma forma geral, qual está a ser o grau de recetividade à decisão de transitarem de um automóvel de combustão para um com autonomia em modo elétrico?

Excelente. Aliás, os próprios utilizadores das viaturas foram e são elementos pró-ativos para esta transição.

Há intenção de prosseguir a renovação/introdução de mais viaturas elétricas e/ou híbridos plug-in?

Sim, pretendemos a renovação total da frota da VYGON Portugal, transitando para viaturas elétricas ou híbridas plug-in até 2027.

Com base na experiência que adquiriram, que sugestões podem deixar para uma empresa que esteja a começar o processo de eletrificação da frota?

A execução de uma boa base métrica e factual, com o estudo aprofundado da situação atual da empresa e das necessidades de cada colaborador. Temos uma única certeza: o “one size fits all” não é aplicável quando falamos de viaturas movidas com recurso à eletrificação. Sobretudo se estivermos a falar de empresas com equipas espalhadas pelo país.

Contudo, com uma boa comunicação e integração dos colaboradores, independentemente do seu cargo, no processo de decisão conseguiremos obter um compromisso que se pode revelar muito compensador para toda a estrutura.

Helexia Portugal vence categoria “Frota Verde” nos Prémios Fleet Magazine 2022

B.I. da frota VYGON Portugal

  • Número de veículos: 11 viaturas ligeiras.
  • Por tipologias e marca:
    Ligeiros de passageiros: cinco Renault Mégane Sport Tourer dCi 115, dois Mercedes-Benz A 250e, um Audi A3 1.6 TDI, um BMW 225e e um Nissan Qashqai e-POWER;
    Ligeiros de mercadorias: um Peugeot Partner HDi.
  • Idade média da frota por classe de veículo:
    Ligeiros de passageiros: 2 anos;
    Comerciais ligeiros: 1 ano.
  • Financiamento: Renting.
  • Gestora(s) presentes:
    Arval (9 viaturas);
    LeasePlan (2 viaturas).
  • Processo de contratação renting: todos os serviços, exceto combustível e Via Verde. Especial ênfase à disponibilização de um número “ilimitado” de pneus, face à experiência de anos anteriores, durante os quais o número de pneus proposto não era suficiente para a quilometragem contratualizada.
  • Gestão de combustível: Cartão Galp Frota, devido à rede de postos no país e tendo em conta as deslocações da equipa comercial.
  • Caderno de encargos das aquisições: Preferência por versões de viaturas com bom nível de equipamento/conforto, excluindo as versões de entrada de gama. Não existem itens específicos que sejam requeridos.
  • Sistemas de georreferenciação/gestão da frota instalados nas viaturas: Não.
  • Política de Frota: contempla
    1) questões relacionadas com a deteção de infrações ao código da estrada e possíveis medidas pecuniárias que deverão ser assumidas pelo condutor no caso de ser considerado culpado;
    2) danos próprios decorrentes de uma utilização negligente ou fora dos parâmetros/finalidades estabelecidos.