É híbrido mas move-se apenas através de motores elétricos. Não sendo tão popular quanto o Qashqai, partilham da mesma plataforma e há semelhanças no habitáculo. A diferença está no tamanho e nos dois lugares a mais que o Nissan X-Trail pode ter

Do compacto e divertido Juke ao 100% elétrico Ariya, a marca japonesa tem uma gama de viaturas polivalentes para todos os gostos. O Qashqai será sem dúvida o nome mais conhecido, embora o primeiro X-Trail tivesse surgido três anos antes, em 2004. Além de linhas mais angulosas, dispunha de uma suspensão mais dotada para superar terrenos difíceis. Foi assim até 2014, altura em que, além de partilhar a plataforma e a mecânica do Qashqai, praticamente se assumiu como uma versão de sete lugares daquele modelo.

Este X-Trail é fruto dessa mudança e da revolução mecânica operada no atual Nissan Qashqai. Nomeadamente a introdução da motorização e-Power, que reclama os benefícios da condução de um veículo elétrico, sem inquietações com a autonomia ou com a necessidade de uma tomada para carregar a bateria.

Na gama atual há duas versões de motor: uma cuja tração é assegurada por um motor elétrico dianteiro de 204 cv e esta, designada e-4ORCE 4×4, com potência combinada de 213 cv, que adiciona um motor de 128 cv no eixo traseiro. Nas duas versões, a energia elétrica provém de uma bateria de 1,5 kWh, continuamente carregada de eletricidade produzida pelo motor 1.5 a gasolina, destinado a servir apenas como gerador de energia.

Alguma semelhança estética e funcional entre o painel de bordo do Qashqai e do X-Trail mostra que partilham a mesma ergonomia e tecnologia, incluindo dispositivos de segurança e ajudas à condução. Felizmente, a integração da tecnologia e a presença de ecrãs digitais não condicionaram o lado prático, funcional e seguro, que traz a utilização de comandos físicos para as funções mais importantes.

Face ao Qashqai, o Nissan X-Trail é cerca de 25 cm mais comprido, é ligeiramente mais alto e tem sensivelmente a mesmo largura. Os quatro centímetros a mais de distância entre eixos não fazem variar muito a habitabilidade do banco traseiro, na configuração de cinco lugares. Esta fila de assentos, que passa a ser central quando o X-Trail ganha dois bancos extra, pode deslizar até 22 cm para facilitar o acesso aos lugares mais recuados. Também permite gerir as necessidades de espaço, quer para os dois passageiros dos bancos adicionais (mais próprios para crianças), quer da capacidade da bagageira que, com cinco lugares disponíveis, pode variar entre 485 e 585 litros. Com os sete lugares disponíveis baixa para 120 litros, enquanto o rebatimento dos bancos deixa o piso plano.

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Impressões

A vantagem da solução e-POWER é entregar a força e a suavidade de rolamento de um automóvel com locomoção exclusivamente elétrica, aliviando o consumo de um motor a gasolina que tivesse de produzir mais força para movimentar as rodas. Na teoria, a solução pode parecer interessante; na prática, embora naturalmente dependa da pressão que o condutor exerce sobre o pedal do acelerador, os consumos em poucos momentos desceram da média dos 8 litros. Ou seja, não muito longe de uma solução híbrida tradicional e com efeito quase nulo sobre as emissões. Contudo, se soubermos usar o sistema e-Pedal, para ajudar a manter energia na bateria, é possível baixar o consumo em condução urbana. Ter tração integral não faz desta versão um veículo para todo-o-terreno. Dá mais estabilidade à condução e será mais seguro de controlar em pisos mais escorregadios, ainda que os 20 cm de altura ao solo possam transmitir maior confiança em percursos, não demasiado irregulares, fora do alcatrão.

Custo de aquisição, valores de renting e características do Nissan X-Trail 1.5 e-Power e-4ORCE 4x4 (7 lugares)