Porque é que o desafio automóvel é tão importante para as empresas, perguntou Tiago Borges, da Mercer.

O responsável da consultora de recursos humanos veio comprovar que o automóvel é um dos principais benefícios para os colaboradores e que pode representar 15 a 20% do peso total do pacote total de compensação de um empregado.

“O benefício automóvel é um dos pontos prioritários que as empresas têm para fazer três coisas fundamentais: atrair o talento, reter e motivar”, disse.

E, como tal, as empresas não podem tomar esta questão como genérica. “Têm que ter a política formalizada,  enquadrando até possíveis exceções, além de mecanismos de eficiência em termos de custos e de retorno do investimento que se possam aplicar nas políticas automóveis”.

A Mercer analisa a compensação dos colaboradores das empresas em termos de camadas.

O benefício automóvel é aquele que tem maior peso em termos do pacote de compensação. “O próprio mix que as empresas fazem diz muito sobre os objetivos do pacote de compensação”, disse. “O benefício automóvel é fundamental para reter o talento e para motivá-lo, porque só é conhecido ao pormenor quando as pessoas estão dentro das empresas”.

Portugal é um país privilegiado quanto à atribuição de viaturas. O peso da politica automóvel tem uma preponderância significativa, mesmo comparando com outros países.

Tiago Borges deu o exemplo de empresas que pediram à Mercer para falar com delegações noutros países e explicar porque é que a política automóvel tem um peso tão signifi28cativo e tanta prevalência em determinados níveis de funções.

É uma questão cultural. “Quer por questões fiscais que incentivavam a atribuição de viaturas ou mesmo por questões culturais, não podemos comparar o benefício automóvel com outros países”, disse. “Mas temos é que considerar que o pacote de compensação noutros países, mesmo sem o automóvel, pode ser superior ao nosso”.