
Apesar de, em 2014, se esperar uma contração do mercado da ordem dos dois por cento, num volume de negócios que valerá 565 milhões de euros no final deste ano.
O estudo revela também que o mercado de renting terá perdido 20 por cento da sua frota automóvel entre 2010 e 2013, tendo fechando no último ano com pouco mais que 92 mil unidades.
“A necessidade de mobilidade das empresas portuguesas reduziu-se nos últimos anos, num cenário de deterioração económica e destruição de emprego”, justifica o documento.
“A curto prazo”, refere ainda o relatório, “o mercado de renting será afetado pelas medidas de redução de custos nas empresas, as restrições da Administração Pública e a debilidade do mercado de viaturas usadas”.
De acordo com a análise revelada por esta consultora, cerca de 88 por cento da faturação do renting de viaturas corresponde a empresas, repartindo-se os 12 por cento restantes entre ENI e particulares (em menor valor).
A DBK conclui ainda que o mercado de renting apresenta um alto grau de concentração empresarial, com poucas empresas a operar nesta vertente do negócio. “Nos últimos anos, acentuou-se esta tendência, como consequência das alianças e fusões registadas entre as companhias especializadas em renting e grupos automóveis e financeiros”, pode ler-se no documento.
Em 2013, as cinco maiores empresas deste mercado geraram 78 por cento da facturação global, percentagem que chegou aos 91 por cento se considerarmos apenas as dez primeiras.
Nos grupos automóveis, a DBK destaca o facto dos principais fabricantes de automóveis estarem presentes no sector de renting através das suas filiais nacionais, aproveitando as redes de concessionários para a comercialização do serviço.
Rent -a-Car recupera
No rent-a-car, sobre o qual este estudo também se debruça, fala-se de uma “significativa recuperação” em 2013, depois das quebras registadas em anos anteriores. O principal factor que contribuiu para este significativo aumento foi o crescimento da oferta turística que Portugal tem vindo a beneficiar.
O crescimento em 2013 foi de 8,4 por cento, representando um volume de negócio de 450 milhões de euros. Quanto à dimensão da frota, foram contabilizadas 59.800 unidades, das quais 92 por cento correspondem a veículos de passageiros.
Os clientes particulares e profissionais liberais geraram cerca de 60 por cento do valor total do mercado de rent-a-car. Os restantes 40 por cento são responsabilidade de clientes empresariais e serviços da administração pública.
A consultora DBK diz que o rent-a-car vai continuar a beneficiar do bom comportamento do sector do turismo, principalmente o proveniente do estrangeiro. E estima uma faturação de 470 milhões de euros para este ano, mais 4 por cento do valor obtido no ano passado.
Está previsto que em 2015 este sector volte a crescer, tendo sido perspetivado um aumento de cerca de cinco por cento.
Contudo, a curto prazo, a forte concorrência entre operadores vai manter-se, realça o estudo. Outras tendências assinaladas para este sector são a orientação da procura para viaturas de gama baixa e com reduzido consumo de combustível, o que motivará uma diminuição dos preços de aluguer e um estreitamento das margens comerciais.
Quanto a concorrência, a DBK identifica cerca de 100 empresas, 36 por cento das quais a operaram na região de Lisboa. Os cinco maiores operadores tinham a responsabilidade de 49 por cento do mercado em 2013, cabendo, só às dez primeiras, 65 por cento do volume deste negócio.

