O DS 4 não é um carro recente. Mas o lançamento de uma série especial com uma designação tão peculiar levou a que revisitássemos este carro. Tendo já muito de exclusivo, esta versão é enriquecida de detalhes que prestam homenagem à vida e à obra do autor de “O Principezinho”. A motorização plug-in é aquela que reúne maiores benefícios fiscais para as empresas

A DS tem gradualmente conquistado espaço no subsegmento de modelos premium, tradicionalmente dominado pelas marcas nórdicas.

Nesta categoria, é uma das marcas que mais ostensivamente evidencia pormenores de sofisticação, mesmo nos modelos mais acessíveis, pretendendo, através disso, reforçar a imagem de prestígio que a DS quer transmitir enquanto marca.

Neste contexto, faz parte o lançamento de “coleções” especiais que captem o imaginário dos consumidores. Isso faz ainda mais sentido num modelo como o DS 4 que, sendo um SUV compacto, corresponde ao perfil de automóvel mais procurado pelos condutores europeus.

É o caso desta elegante homenagem a Antoine de Saint-Exupéry, o aviador, viajante e escritor de “O Principezinho” e “Correio do Sul”. Uma série especial preenchida de detalhes exclusivos que identificam a sua obra e a sua vida aventureira. Incluindo com a sua assinatura e frases (em francês) extraídas de obras literárias como “O Principezinho” (“Para aqueles que viajam, as estrelas são guias”) e, no caso do DS4, do livro “Correio do Sul” (“As estrelas determinam, para nós, as verdadeiras distâncias”).

Impressões

O DS 4, como toda a gama da marca francesa integrada no grupo Stellantis, é especialmente dirigida para condutores que valorizam bastante o design. Tanto na elegância da presença exterior, como na imagem de sofisticação do interior, é nisso que se diferencia a DS que, enquanto marca, inicialmente aparentava ser uma espécie de “spin-off” da Citroën.

A condução do DS4 híbrido plug-in revela-se uma experiência bastante equilibrada. De um lado o conforto e a segurança pelas razões a seguir descritas, do outro o desempenho proporcionado pela potência, resposta do binário e uma suspensão que maximiza um andamento mais rápido e exigente no modo “Sport”. Mais do que o modo “Eco” consegue intensificar a eficiência.

Embora o espaço para os ocupantes dos bancos traseiros do DS 4 não seja particularmente amplo, o habitáculo proporciona um ambiente acolhedor para quem viaja à frente. Os bancos disponibilizam bom apoio, muito especialmente se estiverem equipados com sistema de massagem, que podem ser localizadas ou ajustáveis, da zona lombar à altura dos ombros.

Contando com vários sistemas de ajuda à condução, o destaque vai para o sistema de iluminação dianteira adaptável e para a tecnologia de segurança que identifica e alerta para a presença de peões e de ciclistas na rota do veículo. Mesmo que estejam a circular na berma da estrada. Um recurso particularmente importante para evitar distrações e quando as condições de visibilidade não são as melhores.

DS 4

Mecânica, consumos e autonomia elétrica

Na lógica de sinergias do grupo Stellantis, o DS 4 partilha soluções mecânicas com modelos como o Peugeot 308 ou o Opel Astra, por exemplo.

O DS4 disponibiliza quatro opções de motorização: a gasolina, com os motores PureTech de 130 cv e uma versão híbrida de 136 cv com transmissão automática; a gasóleo, com o motor BlueHDi de 130 cv, também com caixa automática de oito velocidades; e o híbrido plug-in de 225 cv, também acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, cuja bateria de 12,4 kWh permite circular até 55 km em modo exclusivamente eléctrico.

De forma mais realista, com algum empenho no objectivo de o conseguir, pode percorrer quase 50 km sem emissões; com mais certeza, a adição da componente elétrica permite dispor de mais potência sempre que necessário, bem como reduzir o consumo de gasolina quando o modo híbrido é utilizado da forma mais eficiente.

Com uma única carga e após cerca de meio milhar de quilómetros percorridos em vários tipos de estrada, o D S4 testado acusava um consumo médio de 5,8 litros.

A potência máxima de carregamento da bateria de tração é de 7,4 kW. Ligado a um posto com esta capacidade, de acordo com a marca, o tempo de recarga rondará as 2 horas. Já com o carregador ligado a uma tomada comum de 230 V, o ciclo completo de carga poderá demorar sete a oito horas.

DS 4

Fiscalidade

O DS4 PHEV reúne as condições de emissões e autonomia elétrica exigidas para o benefício de dedução do IVA do custo de aquisição e de uma taxa de Tributação Autónoma mais reduzida.

O valor que consta na tabela no final deste texto, indicado pela Ayvens, corresponde ao DS 4 Pallas híbrido plug-in de 225 cv: 32.906 euros, IVA não incluindo. Esta quantia permite tributar os encargos com a viatura no primeiro escalão da Tributação Autónoma, logo, sujeitar esses valores a uma taxa reduzida de 2,5%, de acordo com o regime fiscal que vigora em 2025.

Custo de aquisição e características do DS 4 Pallas híbrido plug-in de 225 cv

Custo de aquisição32.906 euros + IVA
36 meses816 euros + IVA
48 meses753 euros + IVA
Potência combinada225 cv (165 kW)
Binário360 Nm
Bateria12,4 kWh (total)/9,9 kWh (úteis)
Motor Gasolina1.6 Turbo, 180 cv (132 kW)/300 Nm
Motor Elétrico110 cv (82 kW)
Consumo de combustível (combinado)1,4 l/100 km
Emissões CO233 g/km
Autonomia elétrica62 km
*Valores Ayvens. Quilometragem Técnica Máxima: 200.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição